Com lobo-guará, conheça a cara da nova cédula de R$ 200

Nota tem elementos de alto relevo

Depois de muito suspense e questionamentos, o Banco Central revela nesta quarta-feira, 2, às 13h30, a cédula de 200 reais. Serão colocadas em circulação a partir desta quarta, até o fim do ano, 450 milhões de notas, que terão o lobo-guará em sua face.

Lobo-guará

O animal escolhido para a nova nota, o lobo-guará, foi o terceiro colocado em uma pesquisa feita pelo Banco Central em 2000. A instituição perguntou à população quais espécimes da fauna gostariam de ver representados no dinheiro brasileiro.

O primeiro lugar foi a tartaruga marinha, usada na cédula de R$ 2. O segundo, o mico leão dourado, incorporado na cédula de R$ 20.

O lobo-guará é uma espécie de canídeo endêmico da América do Sul e único integrante do gênero Chrysocyon. Provavelmente, a espécie vivente mais próxima é o cachorro-vinagre. Ocorre em savanas e áreas abertas no centro do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, sendo um animal típico do Cerrado.

Detalhes que impede falsificações

O Banco Central divulgará na cerimônia o desenho da nova cédula, bem como detalhes que buscam impedir a sua falsificação. Mas adiantou duas maneiras para que as pessoas possam perceber se uma nota é verdadeira ou não.

É preciso olhar a cédula contra a luz e verificar se há uma marca d’água. E passar os dedos sobre a sua face e perceber elementos em alto relevo. São duas características presentes nas notas verdadeiras.

Resistência

O lançamento da nota de 200 reais — a sétima da família do real — no fim de julho foi seguido de muita resistência. Organizações de combate à corrupção e integrantes do Ministério Público criticaram a decisão do BC, alegando que a nota facilitaria a lavagem de dinheiro.

Uma ação protocolada pelos partidos PSB, Rede e Podemos no Supremo Tribunal Federal (STF) tenta impedir a entrada em circulação da nova cédula, mas não havia sido julgada até a noite da terça-feira.

Outra crítica apontava para o aumento da digitalização dos meios de pagamento como razão para que o BC não precisasse colocar a nota em circulação.

O Banco Central, por sua vez, argumenta que a concessão do auxílio emergencial a cerca de 60 de milhões de brasileiros desde abril e o aumento do hábito de guardar dinheiro em casa — prática conhecida como entesouramento — deram base à decisão.

E justificou que cancelar a circulação causaria prejuízo milionário aos cofres públicos, na medida em que cerca de 20 milhões de notas já foram produzidas.

Com informações do Exame

Brener Nunes

Repórter

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins

Jornalista formado pela Universidade Federal do Tocantins