O ex-vereador e atual vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colinas do Tocantins, Paulo do Cacau (PT), afirma estar sendo alvo de supostas ameaças de morte. Segundo ele, os episódios teriam ligação com conflitos envolvendo áreas de assentamentos e propriedades rurais da região. Paulo foi vereador por dois mandatos entre 2009 e 2026, e presidente da Câmara entre 2013 e 2014.
Em entrevista, Paulo relatou que, por ser sindicalista há muitos anos, não tem plena certeza da autoria das ameaças, mas citou três pessoas que, segundo ele, estariam ligadas a episódios recentes. Uma das ameaças, afirma, foi feita diretamente contra ele e um grupo de trabalhadores, no fim de março deste ano. Outras, segundo Paulo, teriam sido comunicadas a ele por terceiros, incluindo relatos de que seu nome estaria sendo mencionado em conversas sobre possíveis ataques.
Paulo destacou que uma das situações envolveria boatos sobre um plano para matar “vários líderes” de trabalhadores rurais, supostamente em decorrência de disputas por terras na região da antiga Fazenda Paraíso, hoje transformada em assentamento. Ele também mencionou ameaças que teriam ocorrido no ano passado contra trabalhadores e uma mulher ligada ao movimento, nas quais seu nome também teria sido citado.
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A denúncia repercutiu entre lideranças políticas e partidárias. O presidente estadual do PT, Nile Willian, manifestou solidariedade ao ex-vereador e informou que vai acionar o Ministério da Justiça, o Ministério de Direitos Humanos e a Secretaria Estadual de Segurança Pública. “Na nossa gestão no PT, não será tolerada a ameaça a nenhum companheiro ou companheira que luta pelos direitos do povo”, afirmou.
O ex-prefeito de Colinas, José Santana Neto (PT), também se pronunciou, dizendo que Paulo do Cacau “sempre lutou e luta pelo melhor para as famílias menos favorecidas” e que as supostas ameaças estariam ligadas a conflitos fundiários. Ele relatou que, na manhã desta sexta-feira, 15, dois homens armados teriam invadido a casa de uma assentada no Recanto do Bebedouro, local que o sindicalista costuma frequentar, e que haveria suspeita de que o objetivo fosse encontrá-lo em um local com pouco movimento.
As denúncias foram formalizadas junto aos órgãos competentes por meio de boletins de ocorrência.
