Nas margens do rio Tocantins, em Aguiarnópolis, no norte do Estado, linhas perfeitamente definidas que cortam as rochas chamam a atenção de moradores e visitantes. O vereador Elias Júnior registrou imagens que mostram esses traços, estendendo-se por cerca de seis metros, aumentando a curiosidade sobre sua origem.
Francisco Nivaldo, morador local, descreve o fenômeno como um mistério restrito a uma área específica. “Nós andamos por outros cantos, mas só vimos isso nesse lugar. Fiquei imaginando o que poderia ser aquela formação, porque a rocha é muito forte e nunca tinha visto algo igual”, relatou.
O vídeo com os registros foi gravado no dia 2 de novembro durante uma visita para filmar a construção da ponte Juscelino Kubitschek, que liga Aguiarnópolis a Estreito, no Maranhão. Ao observar as rochas, os visitantes notaram que a perfeição dos riscos sugeria uma origem natural, diferente de algo feito pela mão humana.
Especialistas da Agência de Mineração do Tocantins (Ameto), os geólogos Otton Pinheiro e Sanclever Peixoto, explicaram que as linhas são “fraturas formadas por movimentos tectônicos regionais ocorridos milhares de anos atrás, resultantes da consolidação de rochas ígneas, que se resfriaram e solidificaram a partir do magma”.
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Otton detalhou: “São enxames de fraturas naturais, comuns em todo tipo de rocha na região, preenchidas por minerais que cresceram nesses espaços. Isso é normal e não representa motivo de preocupação”.
As rochas ígneas, segundo o geólogo, são frequentes em usinas hidrelétricas e outras construções pelo Brasil, onde falhas e fissuras geológicas naturais são observadas. Estas formações refletem longos processos geológicos e são testemunhas da história da evolução do terreno.
As atrações no Complexo Canjica, nas proximidades, incluem rios, cachoeiras, piscinas naturais e cânions, que atraem turistas especialmente entre maio e outubro, quando as chuvas são menos frequentes.
