Tentativa de feminicídio

Mulher espancada pelo namorado em Caseara segue em estado grave; suspeito foi liberado após se apresentar à polícia

Delvânia Campelo está na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP) - Foto: Arquivo Pessoal
Delvânia Campelo está na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP) - Foto: Arquivo Pessoal

Quatro dias após a tentativa de feminicídio registrada em Caseara, na região oeste do Tocantins, Delvânia Campelo, de 50 anos, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP), em estado grave. A vítima foi brutalmente espancada pelo namorado no último sábado, 22, e, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferida para a capital.

A Polícia Militar (PM) informou que a mulher foi encontrada com múltiplos ferimentos na cabeça, u braço e um dedo quebrados, em uma chácara na zona rural do município. Segundo relatos, ela conseguiu pedir socorro através de um grupo de mensagens. A equipe médica local realizou os primeiros atendimentos e, devido à complexidade do quadro, providenciou a transferência para o HGP.

O principal suspeito do crime é o próprio namorado da vítima, um homem de 47 anos e proprietário da chácara onde ocorreu a agressão. De acordo com a família da mulher, ele se apresentou à polícia na última terça-feira, 25, mas foi liberado após prestar depoimento.

Relato da família

A cunhada da vítima, em entrevista à Gazeta do Cerrado, descreveu o estado crítico em que Delvânia se encontra e detalhou a violência sofrida.

“Ela levou muitas pancadas na cabeça, muitas mesmo. O couro cabeludo dela foi lacerado, tem cortes atrás das orelhas e fratura na calota craniana. Está parecendo uma coxa de retalho, todo remendado, todo costurado. Parece que ele usou uma machadinha e ficou batendo com o lado reto, causando esmagamento dos ossos”, relatou, expressando profunda indignação com a brutalidade do ataque.

A cunhada ainda comentou o sentimento de toda a família de Delvânia. “Indignação extrema. Por que o cara faz uma coisa dessa? Tamanha truculência”, disse.

Ainda segundo a familiar, a equipe médica aguarda a evolução do quadro da paciente para avaliar a necessidade de cirurgia. A gravidade das lesões inspira preocupação e a família pede por justiça, reforçando a perplexidade diante da violência extrema.