Mais de 300 detentos da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, no norte do Tocantins, iniciaram uma greve de fome para protestar contra a suspensão das visitas íntimas e a redução das visitas sociais. A mobilização ocorreu nos dois pavilhões da unidade e durou quatro dias, gerando preocupações sobre a saúde dos detentos e o funcionamento do presídio.
De acordo com informações do AF Notícias, cada pavilhão abriga aproximadamente 170 presos e, desde o início da manifestação, os detentos recusaram a alimentação diária fornecida pela unidade. Com isso, relatos indicam que alguns começaram a apresentar sintomas de fraqueza e até desmaios, sobrecarregando a enfermaria do presídio.
“Se continuar assim, vai ter morte dentro do pavilhão”, alertou um denunciante, destacando que há apenas um médico disponível para atendimento e somente durante o dia.
Resposta da Seciju
A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) informou que está ciente da situação e que medidas foram adotadas para lidar com a greve de fome.
A Pasta explicou que a recusa em receber alimentação começou na segunda-feira (17), devido à insatisfação dos presos com as restrições impostas às visitas. No entanto, a secretaria garantiu que todos os detentos que precisaram de atendimento médico receberam assistência na enfermaria, que conta com estoque regular de medicamentos.
Notícias Relacionadas
Na terça-feira, 18, por meio de um ofício enviado ao Poder Judiciário, a unidade solicitou uma audiência de mediação. Assim, a juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi, titular da 3ª Vara Criminal de Araguaína, reuniu-se com representantes dos dois pavilhões e a chefia da unidade para tentar solucionar o impasse.
Após a reunião, segundo a Seciju, os detentos encerraram a greve e voltaram a se alimentar normalmente na noite do mesmo dia.
Para reforçar a segurança na unidade, a Secretaria enviará agentes do Grupo de Operações Especiais (Gope). Além disso, reforçou seu compromisso com a manutenção da segurança dos policiais penais e com a garantia dos direitos dos custodiados e seus familiares.
Com informações do AF Notícias
