
Moradores de Taguatinga, no sudeste do Tocantins, relataram ter sentido um tremor de terra na manhã desta terça-feira, 14. O fenômeno foi detectado por volta das 10h14 pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que registrou um abalo sísmico de magnitude 4,2 mR no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, cidade que fica a cerca de 130 quilômetros da fronteira com o Tocantins.
Apesar de o epicentro ter sido em território baiano, o tremor foi sentido em várias localidades próximas, inclusive no município tocantinense. A servidora Luzinete dos Santos, que estava trabalhando no momento do abalo, contou que a sensação foi breve, mas perceptível.
“Aqui no escritório sentimos sim o tremor. Foi muito rápido, parecia uma onda, como se um rolo compressor estivesse passando na rua. Foi por volta de 10h20. Só depois que comentamos com outras pessoas é que percebemos que podia ser um terremoto”, relatou.
O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), responsável pela análise dos dados da RSBR, confirmou que o abalo teve curta duração e origem natural. O evento foi registrado em diferentes estações sismográficas do Nordeste, sem relatos de danos estruturais.
O empresário Vilidiou Soletti, que mora em Taguatinga, mas estava em Luís Eduardo Magalhães no momento do tremor, contou que o impacto foi sentido com mais força no povoado Novo Paraná, uma das áreas mais próximas ao epicentro.
“Começou leve e foi aumentando. As janelas tremeram, o teto e o chão vibraram. Dava para ouvir um barulho, como se algo pesado estivesse passando. Durou poucos segundos, mas foi suficiente para assustar todo mundo”, descreveu.
Tremores são considerados comuns na região
Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, pequenos tremores como o desta terça-feira não são incomuns no Brasil, especialmente na região Nordeste, onde há falhas geológicas antigas e zonas de tensão natural na crosta terrestre.
Esses abalos, geralmente de baixa magnitude, raramente causam danos, mas podem ser sentidos pela população dependendo da profundidade e das condições do solo.
O último tremor registrado na Bahia havia ocorrido no dia 11 de outubro, na cidade de Jacobina, com magnitude 1,9 mR. O evento desta terça-feira foi significativamente mais intenso, mas não há, até o momento, relatos de feridos ou prejuízos materiais.
O LabSis/UFRN informou que continuará monitorando a região para detectar possíveis réplicas e destacou que não há risco de novos abalos significativos nas próximas horas.