Durante sessão solene na Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira, 7, em homenagem ao dia internacional da mulher, comemorado dia 8 de março, a vice-governadora, Claudia Lelis, criticou o preconceito e a discriminação que as mulheres ainda sofrem na sociedade.

No dia 8 de março, fala-se muito em igualdade, em justiça, em acabar com a discriminação, com a violência contra as mulheres. Mas, como acabar com o preconceito e a descriminação se nos deparamos diariamente com casos de esse tipo de ação? Questionou a vice-governadora.

Como acabar com a perseguição que ainda em pleno século 21 ataca de forma covarde e rasteira mulheres que estão á frente de cargos públicos, perguntou a Cláudia Lélis, se referindo á secretaria estadual de meio ambiente, Meire Carrera, e a educadora e gestora pública, Morgana Gomes, ambas servidoras municipais cedidas para o governo do estado, e que estão sendo devolvidas para o município por determinação do gestor municipal.

“ São ataques covardes a essas mulheres que estão desde o primeiro dia deste Governo desenvolvendo um excelente trabalho, e não podemos admitir esse tipo de atitude, de um gestor que diz fazer parte da nova politica. Porque não existe nada de mais velho na politica do que este tipo de perseguição. Tenham certeza não iremos nos calar mediante essa intimidação a essas duas mulheres, profissionais exemplares, mães de família, que estão há mais de 20 anos trabalhando por Palmas e pelo Tocantins”, defendeu Lélis.

Cláudia deixou um questionamento final para os presentes. “ que é perseguição todos nós sabemos, pois é público e notório, mas resta saber se é perseguição política ou se é uma questão de gênero”, ponderou Lélis.

Mulheres na política

A vice-governadora também lembrou que a luta contra o preconceito ás mulheres, não deve ficar circunscrito simplesmente ao Dia Internacional da Mulher. “É preciso trabalhar todos os dias, em favor das políticas públicas, especialmente com foco na proteção das mulheres em estado de vulnerabilidade, é necessário leis mais rígidas para quem pratica violência contra as mulheres, é preciso mais projetos de lei de incentivo a mulher, a promoção das politicas públicas, precisa aumentar as oportunidades de aprimoramento da mulher em todos os campos de atividade”, ressaltou Lélis.

O governo do Tocantins vem cumprindo seu papel dentro das suas possibilidades, mas políticas públicas não se constroem sozinhas. “Precisamos da união e da parceria de todos os setores da sociedade, precisamos dos poderes Legislativo e Judiciário, “ porque é assim que iremos conquistar cada vez mais espaço em todos os setores da sociedade. Um espaço que devemos ocupar também na área politica”, lembrou Lélis.

Temos que lutar para mudar o cenário nacional que ainda determina que a cota feminina, entre todos os candidatos concorrendo por determinado partido, tenha 30% de mulheres.

Precisamos é que efetivamente 30% dos cargos sejam por lei, ocupados por mulheres. Pode parecer radical essa ideia, mas é necessária nesse primeiro momento uma medida mais radical para se conseguir esse equilíbrio!
As eleições deste ano são a oportunidade que o eleitor tem de mudar este quadro seja aqui na Assembleia, seja no âmbito federal, finalizou a vice governadora.

A sessão da assembleia homenageou 16 mulheres tocantinenses que fazem parte da história tocantinense.