Nenhuma manchete, nenhum clique no site justifica colocar a vida humana em risco

Maju Cotrim- Editora Chefe

A pandemia imprime um novo estilo jornalístico para levar as informações à população do cerrado brasileiro. A guerreira equipe Gazeta tem enfrentado diariamente a pandemia e não tem se furtado de empenhar todos os esforços necessários para informar bem a população e honrar nosso objetivo que é mais que um apelido que os próprios leitores deram : “Deu na Gazeta, é verdade”.

O regime de trabalho em home office, iniciado em 12 de março de 2020, continuará pelo tempo que for necessário para garantir o que temos de mais importante: nossa vida e a vida dos nossos familiares. Precisamos estar com saúde para cumprir o nosso papel, nas diversas dimensões que ele envolve: a social, a jornalística, a empresarial, a tecnológica e, sobretudo desta vez, na dimensão humanitária.

A verdade é que no nosso isolamento físico jornalístico estão horas e horas de trabalho diárias. Dezenas de ligações, de e-mails, de videoconferência e skypes. Nos transformamos numa central permanente de checagem de notícias.

Começamos a rotina já pelas 6 da manhã, já apurando tudo o que tem mudado na vida do tocantinense e o expediente típico de seis horas para cada jornalista chega a durar bem mais que isso.

Trabalhamos em duas frentes: as checagens de notícias falsas, vídeos, áudios e tudo maléfico que insiste em confundir a população neste momento e em outra tirando a dúvida das centenas de leitores por dia que estão em casa assustados.

O trabalho jornalístico não é facil. Nosso fluxo de matérias por dia triplicou porque não abrimos mão de mostrar cada detalhe. Os boletins no final do dia, as medidas dos governos, as polêmicas, o que falta, os dados, as perspectivas, o que os tocantinenses vem fazendo em casa: tudo passa por aqui em tempo real.

A Gazeta reforça que seja respeitada uma lição aprendida nos países atingidos pela pandemia antes do Brasil: o isolamento social e a redução máxima das possibilidades de infecção viral são a única proteção efetiva contra o novo coronavirus, causador da síndrome respiratória conhecida pela sigla covid-19.

Contribuir para preservar vidas é, enquanto durar a pandemia, a nossa missão maior. Não temos o direito de publicar informação, imagem, título, manchete, card, post, gráfico, cartum ou qualquer peça editorial que induza ao pânico. Não divulgaremos projeções de casos ou óbitos, por mais qualificadas que sejam, a menos que fazer isso seja uma imperiosa necessidade para reportar manipulação estatística, falseamento da realidade ou ações que mereçam exposição pública por razões humanitárias. O nosso critério é simples: nenhuma manchete, nenhum clique no site justifica colocar a vida humana em risco. Casos duvidosos devem ser compartilhados e decididos por pelo menos 4 (quatro) integrantes da equipe, sempre ouvida a direção.

Estendemos nossa solidariedade a todos os colegas e veículos já atingidos diretamente pela crise do coronavírus. Nossa solidariedade também aos colegas assessores de imprensa dos órgãos que colaboram com seus trabalhos também exaustivos neste momento. Á população que enriquece nossas apurações mandando vídeos e materiais que ajudam nas notícias.

O Jornalismo mostra agora sua importância no esclarecimento á população e no seu papel social e não se confunde jamais com a superficialidade das redes sociais.

A direção da Gazeta estará a disposição para esclarecimentos adicionais ou para discutir eventuais aprimoramentos, sobretudo na hipótese de situações não previstas ou de novas recomendações, determinadas pela evolução da pandemia e do conhecimento científico a seu respeito.

Por todos: fique em casa!

Equipe da trincheira Gazeta do Cerrado:
Maju Cotrim- Editora Chefe
Marco Jacob- Diretor Geral e de Jornalismo
Lucas Eurilio: Jornalista e Subeditor
Ana Maria Negreiros: Especialista colaboradora
Larissa Marra: Jornalista
Luciane Santana: Repórter
Alessandra Andrade: Executiva de Vendas