Brener Nunes

(Foto: Júnior Suzuki)

(Foto: Júnior Suzuki)

“Como vou pagar para alguém que não está trabalhando? ”, questiona Carlos Amastha em coletiva na manhã desta sexta-feira, 22. Prefeito diz que seria injusto pagar funcionário que está faltando ao trabalho, pois ele é responsável pelo capital do município.

Prefeito deixa bem claro que não tem como conversar com quem desrespeita decisão judicial. “Não tem dialogo com quem está faltando trabalho. Como a gente fala com alguém que está desrespeitando cinco decisões judiciais? Qual o motivo para estar faltando ao trabalho? Numa cidade que está cumprindo todos os seus trabalhos com o funcionalismo”, reforça.

Em relação aos profissionais em sala de aula, Carlos afirma que todos são competentes e não há desvio de função. “ Todos os profissionais que são colocados em suas atividades têm total credenciamento para fazer isso. Uma coisa que pode ser verificada na Secretaria. Jamais colocaríamos uma criança numa situação que não seja ideal. Isso não existe, então os pais que tem essa preocupação podem ficar absolutamente tranquilos, porque é nossa responsabilidade e a de sempre. Oferecer para nossas crianças o melhor”, afirma.

Questionado sobre os servidores desqualificados que estariam na Escola Anne Franck, substituindo professores profissionais, que cuidam de cerca de 30 crianças com necessidades especiais, Amastha diz que na sala de aula só entra professor qualificado. “Na sala de aula só professores altamente qualificados selecionados pela Secretaria de Educação”, destaca.

Greve de fome
Sete professores da Educação municipal estão em greve de fome desde as 18 horas, da última quarta-feira, 20, devido ao corte de ponto dos trabalhadores grevistas. Os servidores estão alojados nos gabinetes dos vereadores na Câmara Municipal de Palmas.
[11:55, 22/9/2017] +55 63 9937-6285: Amastha diz que 80% dos servidores estão trabalhando; diz que 70% das escolas municipais estão em adesão à greve

“Já estamos com mais de 80% dos funcionários trabalhando”, disse o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, 22. Ele conta que a Educação não está em greve, há apenas alguns professores faltando ao trabalho.

“Acho que a gente precisa ter um pouco de respeito e responsabilidade. Não podemos ensinar aos nossos filhos e aos cidadãos que a lei não pode ser respeitada, nós cumprimos todas as determinações da lei, mesmo quando a gente não gosta da decisão”, declara o prefeito.

Em relação aos pais que estão apoiando a greve, Amastha é direto. “A responsabilidade da Prefeitura é com o aprendizado, é responsabilidade dos pais levar seus filhos para a escola. ” E complementa. “Os pais sempre confiaram no trabalho da nossa Educação, que é a melhor de todo o Brasil, não é por causa de uns faltosos, vamos deixar de fazer a coisa certa”.

Sindicato rebate
Já o sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintet), diz que 70% das escolas estão em adesão com a paralisação. E que os sete professores mantêm a greve de fome, que já dura mais de 40 horas, na Câmara Municipal de Palmas, devido ao corte de ponto dos servidores.