Com uma área total construída de 1.469,97 m² e distribuído em três pavimentos, o Complexo de Pesquisa e Pós-graduação Prof. Dr. Lamadrid será inaugurado nessa sexta-feira, 23 de abril, às 9h30, no Câmpus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O complexo abrigará três programas de pós-graduação da universidade: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCiamb) e o Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia (Bionorte).
O prédio possui 48 ambientes divididos em 3 salas de aula, 8 laboratórios, uma sala de apoio aos alunos, sala para microprocessadores, 11 salas destinadas aos professores, 2 recepções, 2 mini auditórios, salas de coordenação, almoxarifado, copa, 3 salas para depósito de materiais e equipamentos, 4 banheiros por andar (dois femininos e dois masculinos) todos adaptados para deficientes físicos, um elevador e salas para as secretarias. O valor total da obra ficou em aproximadamente R$ 4 milhões de reais, com R$ 400 mil reais de contrapartida da UFT.
Para o reitor Luís Eduardo Bovolato, esse prédio foi pensado para fortalecer as ações dos programas de pós-graduação com foco nas diferentes linhas e áreas de pesquisa em que atuam, além de proporcionar a interação com os demais programas da universidade. “É um ganho imenso, não só para os programas, como para o câmpus de maneira geral. A universidade avança e dá sua contribuição para o desenvolvimento da ciência, pesquisa e da inovação, não só para o Tocantins, mas toda a região Norte do país”, lembrou o reitor.
Projeto
À frente do projeto do Complexo, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, professor Raphael Pimenta, explicou que o prédio é fruto de uma chamada pública do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação por meio da Finep, ainda em 2011, em que foi submetido ao edital a proposta de reestruturação da pós-graduação no Câmpus de Palmas, integrando os três programas de pós-graduação à época. “Ele vai favorecer o contato entre os laboratórios e os pesquisadores que estarão reunidos em ambientes mais próximos, uma forma de incentivar novas parcerias e troca de conhecimento entre os programas”, pontuou Pimenta.
O pró-reitor explicou ainda que o Complexo vai suprir uma demanda antiga do Câmpus, que era ter um espaço para as defesas de trabalho de Mestrado e Doutorado, além de liberar espaços em outros blocos para a expansão dos demais cursos de pós-graduação ou até mesmo da graduação.
Programas
Para a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCiamb), professora Kellen Lagares, as novas instalações vão permitir adequações do espaço administrativo e melhorar a articulação nas ações de ensino, pesquisa e extensão. O PPGCiamb instalará o Laboratório de Bioquímica Ambiental no Complexo. “Esse novo espaço nos possibilita receber adequadamente o público interno e externo, principalmente com a sala de apoio para permanência do aluno. O Complexo é o resultado da busca pela excelência na qualidade da nossa pós-graduação”, destacou a coordenadora.
Segundo o coordenador do Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia (Bionorte), professor Emerson Guarda, o Bionorte não tinha infraestrutura de atendimento aos alunos e professores, tanto de secretaria como coordenação. “Para nós esse complexo proporciona a união entre os programas e facilita as trocas de compartilhamento de material e conhecimento. Toda essa utilização vai ser um acréscimo às linhas de pesquisa do programa e consequentemente, um acréscimo na formação dos alunos e crescimento do programa dentro da instituição”, pontuou.
E, para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR), professor Alex Pizzio, o Complexo amplia e possibilita a criação de novos espaços para os docentes e alunos do programa. “Nossos alunos e professores terão melhores condições de infraestrutura para desenvolver suas pesquisas e conseguiremos implantar agora os laboratórios de Geoprocessamento e de Análises Qualitativas”.
Homenagem
Quem batiza o Complexo de Pesquisa e Pós-graduação é o nome do docente que marcou a história da Universidade Federal do Tocantins (UFT), emblemático, com seu jeito firme e autêntico de ser, professor José Ramiro Lamadrid Marón, ou apenas professor Lamadrid, pertenceu ao Colegiado de Pedagogia, era professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCiamb), pós-graduação em Geografia (PPGG) e contribuía com a modalidade de Ensino a Distância (EAD). Professor Lamadrid nos deixou no dia 31 de julho de 2020.
“Ele foi escolhido por toda sua história no Tocantins, quando migrou de Cuba para cá, ministrou aulas na Unitins e foi um pesquisador muito respeitado e querido por todos na universidade”, ressaltou o pró-reitor Raphael Pimenta.
Geógrafo de formação pela Universidade de Habana (Cuba) e Doutor em Ciências Pedagógicas pela mesma instituição, o professor Lamadrid chegou ao Tocantins na década 1990, depois de passar por países como Angola e Venezuela como docente. Aqui atuou na Unitins, Ceulp/Ulbra e UFT, além de projetos para o Governo do Estado do Tocantins e outros tantos. Ele se aposentou em 2011, porém continuou colaborando voluntariamente nos programas de pós-graduação em Ciências do Ambiente (PPGCiamb) e pós-graduação em Geografia (PPGG) de Porto Nacional, e ainda como avaliador do Inep.
Fonte: UFT