No Senado, Ogari Pacheco ganha reconhecimento pela atuação científica e defende “produção nacional de inovações significantes”

Maju Cotrim

O Senado comemorou nesta segunda-feira (20) os 100 anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, que foram completados em 2024. Várias instituições da área participam da sessão que teve clima de reconhecimento ao trabalho da Associação.

A sessão foi proposta pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO) que presidiu a sessão ao lado de um desses membros da Academia, o Ogari Pacheco, que atualmente é o seu segundo suplente e que em discurso agradeceu pela homenagem. Ele foi aplaudido várias vezes durante sua fala.

Ele lembrou quando ficou doente na época da pandemia e afastado das atividades por mais de três anos. “Felizmente, há cerca de um ano e pouco, fui obrigado a retornar ao trabalho: santo remédio. Isso me fez bem, felizmente estou na ativa de novo e pretendo estar por bastante tempo”, disse.

Ele contou que, quando se formou em Medicina, se envolveu com a indústria farmacêutica a ponto de ter sido agraciado com o convite para ser um acadêmico da Academia. “Isso me honra profundamente, sou extremamente feliz. Tenho repetido como um mantra há mais de 40 anos: um país que não fabrica seus próprios insumos farmacêuticos é um país dependente”, disse.

“Espero que a gente possa cada vez mais ter uma produção nacional de inovações significantes, não é mera troca de cor de cápsula, mas uma produção de produtos inovadores mesmo”, pregou.

Ele destacou ainda a importância dos que atuam na indústria farmacêutica.

O presidente Emérito da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, Dr. Lauro Domingos Moretto, agradeceu também a homenagem e falou da história da Academia e da luta pelos ideais. “É uma dádiva receber essa homenagem”, disse.

A academia

Fundada em 1924, a instituição colabora como órgão consultivo em atividades nacionais e internacionais relacionadas às ciências farmacêuticas. A entidade tem 120 membros titulares — entre farmacêuticos, médicos, odontólogos e outros profissionais — e também membros honorários.

A Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil é uma das mais antigas sociedades científicas brasileiras, com contribuições relevantes para o avanço das ciências farmacêuticas.