
O governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira, 3, que seu afastamento por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) é fruto de uma perseguição política articulada pelo vice-governador Laurez Moreira (PSD). A declaração foi feita em vídeo publicado no Instagram, horas após a deflagração da segunda fase da Operação Fames-19, que investiga desvios de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia.
Segundo Barbosa, Laurez estaria há dois anos trabalhando para retirá-lo do poder. “Eu ganhei as eleições passadas com quase 500 mil votos. E para isso derrotei algumas pessoas que não aceitaram e se juntaram ao vice-governador Laurez. Durante todo esse tempo eu sofri muito por isso, porque eu sabia o que ele estava fazendo. Eu tinha informações diárias dele em Brasília, tentando o tempo inteiro me afastar do mandato que eu conquistei com quase 500 mil votos”, acusou.
O governador afastado também afirmou que vai lutar para recuperar o cargo e defendeu os avanços de sua gestão. “Eu vou lutar para restaurar o meu governo, um governo que mudou os rumos do Tocantins, que melhorou as estradas, as escolas, os hospitais, o servidor público, a segurança pública e promoveu o crescimento econômico do Estado”, declarou.
Barbosa disse ainda que recebeu mensagens de apoio de todo o Estado e pediu confiança da população. “Nós estamos de pé, na luta por um Tocantins cada vez melhor. Contem comigo e eu conto com a solidariedade do povo tocantinense”, afirmou.
Na legenda da publicação, o governador reforçou o tom de enfrentamento: “Vou lutar com todas minhas forças contra todos que me perseguiram por todo esse tempo. Acredito em Deus e vou buscar a justiça”.
Com a decisão do STJ, vice-governador Laurez Moreira assume interinamente o comando do Estado.