Dandara Barbosa
Gazeta do Cerrado
O empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, presidente afastado do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), conhecido também como Duda Pereira, contratou um novo advogado, o José Fernando Gonzales, especialista na área criminalista do Rio Grande do Sul para defendê-lo da acusação de ser o mandante do assassinato de Venceslau Leobas de 77 anos. O crime chocou a cidade de Porto Nacional e pode ter sido motivado pela concorrência de preço nos postos de gasolina no Estado.
O advogado vai atuar juntamente com o ex-juiz Sandalo Bueno na defesa de acusação do assassinato, além disso, Eduardo se afastou do cargo para se dedicar da sua defesa judicial.
O advogado do Eduardo Pereira pediu que o juiz reveja o recebimento da denúncia para absolvição do cliente e também sigilo para a ação penal, que se isso acontecer, o processo passará a ter acesso restrito aos advogados com procuração na ação penal.
De acordo com os promotores do Ministério Público Estadual, as provas acusando o Presidente do Sindiposto foram através das ligações autorizadas pelo juiz e os depoimentos de testemunhas, no qual eles contam que a vitima não concordava com o posicionamento do preço dos combustíveis na região de Porto Nacional.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Wenceslau Leobas, dono de postos em várias cidades do Tocantins, pretendia abrir um estabelecimento em Palmas. A intenção era praticar os mesmos preços do combustível vendido em Porto Nacional. Segundo a promotoria, estes valores são abaixo do que é praticado na capital.
O órgão disse ainda que Eduardo Pereira teria procurado a vítima para propor um esquema de alinhamento de preços para anular a concorrência e aumentar a margem de lucro, mas o empresário teria rejeitado a proposta. Para os promotores, este foi o motivo que levou Pereira a encomendar a morte de Wenceslau.
O acusado sempre negou o envolvimento do crime e alegou em uma nota que nunca teve divergências pessoais mesmo sendo concorrentes empresariais. “Ao final do processo, que vou responder na forma da lei, exercendo o direito de defesa, restará demonstrada a minha total inocência de todas as acusações e, com fé em Deus e na Justiça, os culpados certamente serão conhecidos e julgados pelo crime que praticam”, relatou em nota á imprensa.
Entenda o caso
O crime aconteceu por volta de 6h30 do dia 28 de janeiro deste ano, o dono de postos de combustível, Leobas estava abrindo o portão da sua casa quando estava saindo para ir trabalhar. Logo, dois homens passaram em um carro e atiraram acertando na vitima duas vezes, sendo que um atingiu no pescoço.
O empresário foi encaminhando para um hospital em Palmas, mas não resistiu após 17 dias internado.
Os dois suspeitos foram abordados na saída de Porto Nacional pela Polícia Militar e levados para a delegacia de Polícia Civil. O caso está sendo investigado.