Foto- Secom Gurupi

Dois estudos publicados nesta sexta-feira (1°) na revista The Lancet Infectious Diseases trazem respostas a uma pergunta que mobiliza cientistas há meses: o que oferece a maior proteção, a infecção por Covid ou a vacina?

As novas pesquisas apontam para a importância da vacinação, mesmo após uma infecção pela Covid-19. Ambas ressaltam que a imunização reforça a proteção adquirida.

O primeiro trabalho se baseia em dados de mais de 200 mil pacientes brasileiros infectados pela Covid-19. Dessa amostra, uma parte dos indivíduos não estava vacinada. Já o outro grupo foi imunizado com as vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca, Coronavac ou Janssen.

“Essas quatro vacinas fornecem uma proteção a mais para as pessoas já infectadas pela Covid-19”, afirma um dos autores do estudo, o infectologista brasileiro Julio Croda.

Segundo o trabalho, entre as pessoas que se infectaram com a Covid-19 e foram vacinadas, o risco de hospitalização e morte foi reduzido em 90% com os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca, cerca de 80% com a Coronavac, e um pouco mais de 50% com a vacina da Janssen.

O outro estudo, realizado a partir de dados colhidos na Suécia, vai na mesma direção. O trabalho mostra que pessoas que tiveram Covid mantêm uma imunidade elevada durante cerca de 20 meses. No entanto, o risco de reinfecção baixa ainda mais —cerca de dois terços— caso os indivíduos tenham sido vacinados depois da primeira infecção.

Embora esses estudos tenham sido realizados antes da expansão da variante ômicron e da subvariante BA.2 —mais contagiosas e resistentes às vacinas— a comunidade científica considera que eles trazem pistas importantes sobre o combate à doença.

“A imunidade híbrida, adquirida após a exposição a uma infecção e à vacinação, pode dar uma proteção durável”, avalia o pesquisador indiano Pramod Kumar.

A Gazeta do Cerrado já alertou e volta a ressaltar que que a população NÃO deve deixar de ir aos potinhos de saúde se imunizar contra a Covid, afinal os casos e internações pela doença no Tocantins estão em alta, e a ÚNICA forma de conter o avanço dos vírus é SE VACINANDO.

Fonte – Folha de S. Paulo