Mensalmente, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) realiza, em parceria com a Fecomércio Tocantins, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC, que apresenta uma avaliação sobre o consumo. Em março, 68,7% dos entrevistados apontaram estar endividados em algum nível, o que representa uma variação mensal de 0,2 pontos percentuais.
A inadimplência também cresceu em março, chegando a 11,7% (em fevereiro, o resultado para esta questão foi de 11,1%). Este é o maior resultado desde outubro do ano passado, quando estava em 13,1%. Segundo a pesquisa, o pagamento dessas contas em atraso deve ser efetuado totalmente por cerca de 30% dos respondentes e parcialmente por 67,9%.
A PEIC aponta, ainda, que as contas dos palmenses chegam a atrasar, em média, 50,2 dias e as famílias se comprometem com as dívidas por aproximadamente 8,4 meses. E, para o mês de março, a parcela da renda mensal destinada ao pagamento de contas é de 33,1%, ou seja, um resultado superior ao indicado pelos economistas e demais especialistas do setor.
Já em comparação com os resultados do mesmo período do ano passado, houve uma queda de 0,6 pontos percentuais no número de endividados e de 1,2 pontos percentuais para o total de inadimplentes. “Esta oscilação é natural, porém é possível perceber uma tendência de crescimento do atraso do pagamento das contas em relação ao ano passado, o que não é saudável nem para o consumidor nem para o empresário”, comenta a assessora econômica da Fecomércio Tocantins, Fabiane Cappellesso.
A pesquisa está disponível na íntegra para download em: https://bit.ly/2G1veDg
Inadimplência
Desde fevereiro, a PEIC aponta que os consumidores inadimplentes conseguirão quitar as contas no mês seguinte ao de referência da pesquisa. Porém, o que preocupa é que a maior parte só conseguirá liquidar a dívida parcialmente. “Isso é ruim porque a sobra de um mês recai no seguinte com juros, aumentando, assim, o endividamento”, explica.
“Para evitar que isso se transforme em bola de neve, o consumidor deve priorizar o pagamento das dívidas com as taxas de juros mais altas e as contas referentes aos serviços básicos, para que não sejam cortados, como água e luz”, conclui a assessora econômica.
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