Maju Cotrim- Editora Chefe da Gazeta do Cerrado


Nas últimas semanas Palmas estava linda com os ipês coloridos. Moradores com orgulho faziam registros com as plantas mostrando a beleza desta árvore símbolo da cidade. Ali não eram só registros para redes: era o orgulho e sentimento de interagir com a cidade que mora. Palmas é assim: uma cidade que gera pertencimento. Na Política não é diferente.

Dia 16 as convenções vao definir quais serão de fato os candidatos a prefeitura de Palmas. Foi uma pré campanha atípica com muitos nomes. A disputa é legítima, é claro, no entanto todos sabem que não se pode ir para uma disputa com 13 ou 14 nomes, uma hora as candidaturas serão peneiradas.

Em meio a tantas pesquisas de consumo interno, contratações de marqueteiros para ajudar nas estratégias, ocupação das redes sociais numa campanha que teria um viés virtual forte algo continua sendo o maior desafio eleitoral da mais nova capital do país: criar um sentimento de Palmas. Não basta sentar embaixo do pé de fava e comer um Chambari e achar que isso é sentimento de Palmas: tem que ser real e as pessoas querem sentir isso.

Independente de partidos ou viés ideológicos ou ainda de quem apoia quem: Palmas chegou num momento da sua história que requer uma gestão de resultado, diversidade e integração social. As pessoas querem se identificar todo dia  com o que Palmas representa pra cada uma delas e seus desafios. Palmas sabe que quer obras, melhorias, fortalecimento do turismo e empresarial, segurança, emprego e tudo mais que constitui a base de gestões administrativas mas quer tudo isso casado com um sentimento de amor á capital. Um sentimento real de pertencimento cidadão e social.

Mais que o nome certo, Palmas quer um projeto sólido vestido deste sentimento de humanidade, calor humano e pessoas.

Essa pre-campanha trouxe um clima de revanchismo muito forte (com poucas excessões) com tanta declaração e críticas impressionantes chegando até a vocabulário baixo e uma certeza: egos não podem estar acima da capacidade que Palmas tem para despontar em tantas áreas. Não pode ser eles contra ela ou vice versa. Tem que ser sobre Palmas e para Palmas.

Não pode ser um projeto de ódio ou revanchismo político puramente.

Quando as candidaturas forem definidas, independente de quantas serão, o desafio continuará sendo tocar os palmenses com o projeto e proposta de humanização cada vez mais da cidade que todos escolheram para viver. Que essa seja a campanha mais propositiva e madura da história da capital acompanhando a evolução desta cidade criada para ser grande.

Projetos políticos enraizados no que pensam e precisam os palmenses. Campanhas não só de posts em Instagram ou redes sociais: que gerem sentimento e levem as pessoas ás urnas por isso.

Gerar sentimento através da política é para quem realmente consegue tocar as pessoas pelo que propõe. Boa sorte aos postulantes que vão disputar não uma maratona ou páreo ou corrida eleitoral: mas a missão de submeter ás pessoas aquilo que realmente acredita que pode mudar a vida delas.

O foco deve ser: um sentimento responsável e maduro de Palmas para Palmas.

Que vença o melhor projeto: menos revanchismo mais sentimento de Palmas! A população saberá analisar e escolher!