Rogério Tortola – Gazeta do Cerrado
Moradores da 207 sul, na região central de Palmas, estão preocupados com a situação de alguns imóveis que estão fechados na quadra. Sem manutenção os imóveis podem conter focos do mosquito Aedes Aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika.
Com os casos de dengue em evolução no Tocantins, os cuidados e atenção no combate do mosquito precisam ser redobrados.
Um vídeo gravado pelos moradores mostra a piscina de uma casa fechada bastante suja e que pode ser um local propício para reprodução do Aedes.
Veja o Vídeo:
A advogada e professora universitária, Luciana Avila Zanotelli, também moradora da quadra, relata que o marido e já teve dengue e o filho, suspeita de zika, e por isso diz estar preocupada.
“A grande preocupação é que em imóveis fechados (e não constantemente visitados pelos donos) é mais fácil acontecer de haver alguma coisa que possa ser foco de mosquito (como por exemplo a piscina da casa vizinha a minha) ou mesmo uma latinha, seria capaz de ser um foco”, relata a professora.
Após o vídeo circular no grupo da quadra moradores foram até a Unidade de Vigilância e Controle do Zoonoses (UVCZ) de Palmas para denunciar a situação do imóvel mostrado no vídeo.
O empresário Fabiano Canevari da Rocha, tem dois filhos, um de três e outro de seis anos, ambos alérgicos e por isso procurou ajuda do UVCZ
“Nós temos que ficar vigilante cuidar do terreno e da residência e acompanhar o que está acontecendo ao seu redor para evitar problemas”, disse o empresário.
A preocupação dos moradores da 207 Sul, serve como alerta para casas em outros setores na mesma situação.
A Gazeta do Cerrado conversou com Lara Betânia Melo Araújo, coordenador do controle vetorial do UVCZ que confirmou o recebimento da denúncia, mas que devido a quantidade de denúncias ainda não pode ir até o local, a entrada forçada está previsto para esta semana ainda, segundo a coordenadora. Eles realizam, em média, de seis a sete procedimentos como este por dia.
O que é e como funciona a entrada forçada
De acordo com coordenadora do UVCZ, a atividade é executada por agente de endemias, acompanhado da Guarda Metropolitana e de um chaveiro.
“Eles entram no imóvel, a vistoria é feita, normalmente são casas com piscina. Os sanitários, ralos, plantas e caixas d´água´, são vistoriados e um auto de infração é feito, a Guarda Metropolitana assina como testemunha” explica Lara.
Ela faz um alerta: “É uma medida paliativa pois, o larvicida atua por 60 dias, passado este período o imóvel pode voltar a ter focos”, conclui ela.