A situação caótica das instituições prisionais no Estado levou a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins a tomar a iniciativa de formar uma comissão para fazer vistorias aos presídios do Tocantins. Em apenas quatro dias, três presos foram encontrados mortos de forma violenta nos principais presídios do Tocantins.
“As instituições prisionais do Estado passam por uma terrível crise. Há um evidente abandono por parte do Poder Público que vê a violência dentro e fora dos presídios aumentar e não toma medidas efetivas para resolver a situação. Por isso, uma comissão da OAB Tocantins, com o apoio do Conselho Federal da Ordem, será formada para vistoriar os presídios do Estado e expor a real situação do sistema prisional no Tocantins”, explicou o presidente da OAB/TO, Gedeon Pitaluga.
Conforme foi divulgado pela imprensa, nos últimos quatro dias, três detentos forma encontrados mortos nos três principais presídios do Tocantins. Na última sexta-feira, um preso foi morto na Casa de Prisão Provisória de Gurupi. No domingo, outro detento foi encontrado morto dentro do pavilhão A da casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). O último caso ocorreu no presídio Barra da Grota, em Araguaína. Um dos presos foi encontrado esquartejado num dos pavilhões do local. O presídio Barra da Grota é o mesmo que, em outubro de 2018, 28 presos fugiram fazendo reféns uma professora e agentes penitenciários.
“O sistema prisional do Tocantins é uma bomba relógio prestes a explodir. Se o Poder Público não agir haverá um massacre como o que vimos em Altamira, no Pará”, prevê Gedeon Pitaluga, lembrando do caso em que 62 presos foram mortos numa disputa entre facções criminosas dentro do presídio da cidade de Altamira.