Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrado
Afastado desde junho de 2011 por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o caso do desembargador Amado Cilton Rosa ainda não foi julgado após ele ser um dos alvos na Operação Maet da Polícia Federal, que investigavou vendas de sentenças feitas pelo judiciário no Tocantins.
Por conta da demora no julgamento sobre o caso, o presidente da OAB Tocantins, Gedeon Pitaluga disse à Gazeta do Cerrado que a entidade deve reivindicar que o processo seja julgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“A OAB-TO vai reivindicar que o processo do desembargador Amado Cilton Rosa seja julgado no CNJ, porque é inconcebível que um procedimento administrativo demore mais de 8 anos sem julgamento e o desembargador afastado esteja recebendo salário, sem trabalhar, durante todo esse período”, afirmou.
Segundo uma matéria publicada no site do Estadão em março deste ano, o desembargador teria recebido quase R$ 1 milhão em rendimentos brutos nos últimos 14 meses.
A publicação afirma ainda que o desembargador recebeu em dezembro de 2018, mais de R$ 250 mil brutos distribuídos em R$ 30.471,11 de subsídios, R$ 215.946,76 de direitos eventuais e R$ 5.577,73 de indenizações, mesmo não exercendo a função.
Gedeon Pitaluga disse ainda a entidade está “requerendo que haja o imediato julgamento do caso, seja para condená-lo ou absolvê-lo.
O outro lado
A Gazeta do Cerrado tenta contato com o desembargador citado na matéria e ressalta que o espaço está aberto caso haja interesse em se posicionar sobre o assunto.