Foto – Governo do Tocantins

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) referente ao ano de 2021. Apesar de ter sido no período da pandemia da Covid-19, o levantamento mostrou recorde no número de pessoas ocupadas no decorrente ano se comparado a 2020, saindo de 24.721 para 26.210. Com o aumento de 6,0%, o estado atingiu seu pico na série histórica, que teve como primeiro registro 9.756 pessoas em 2007.

Apesar disso, o número de empresas teve um pequeno decréscimo de 1,4%, tendo registrado 3.154 em 2021 contra 3.199 em 2020. Elas geraram uma receita bruta de mais de 5,2 bilhões de reais, também recorde da pesquisa. Na comparação com o ano anterior, o aumento foi de 21,0%. Em salários, retiradas e outras remunerações, foram mais de R$ 623 milhões.

Serviços profissionais, administrativos e complementares representam 41,0% do número de empresas no estado
Na divisão de atividades no Tocantins, 1.295 empresas prestaram Serviços profissionais, administrativos e complementares; 707 Serviços prestados às famílias; 348 Atividades imobiliárias; 250 Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios; 243 Serviços de informação e comunicação; 224 Serviços de manutenção e reparação e 87 Outras atividades de serviços.

Apesar dos números de empresas serem esses, a classificação levando em conta a receita bruta a muda, tendo destaque para Serviços de informação e comunicação, com R$ 977 milhões, Serviços profissionais, administrativos e complementares, tendo R$ 1,2 bilhão e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, representando R$ 2,3 bilhões.

Brasil atinge 13,4 milhões de ocupados no setor de serviços
Em 2021, frente a 2020, a população ocupada no setor de serviços cresceu 7,8% (ou mais 970,5 mil pessoas), chegando a 13,4 milhões, recorde da série histórica. A ocupação nos Serviços já está 4,5% acima de 2019 (nível pré-pandemia). Os destaques dessa recuperação no período foram Serviços técnico-profissionais (mais 198,9 mil ocupados), Serviços de escritório e apoio administrativo (mais 189,4 mil), Tecnologia da informação (mais 119,9 mil).

O número de empresas ativas cresceu 7,9% entre 2019 e 2021. Em relação à 2020, a alta foi de 9,2%. Em 2021, o setor tinha 1,5 milhão de empresas, que geraram R$ 2,2 trilhões em receita operacional líquida e R$ 1,2 trilhão de valor adicionado.

Três setores concentram 74,7% das empresas: Serviços profissionais, administrativos e complementares (562,4 mil), Serviços prestados principalmente às famílias (385,7 mil) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (166,6 mil).

As empresas do setor de serviços pagaram R$432,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio mensal caiu de 2,3 salários mínimos, em 2012, para 2,2 s.m. em 2021.

Recorde também na produção agrícola

O Brasil registrou recorde no valor de produção das principais culturas agrícolas. Em 2022, foram R$ 830,1 bilhões, um aumento de 11,8% em relação ao ano anterior. Desse valor, o Tocantins manteve estabilidade entre os dois últimos levantamentos, representando 1,8% da participação nacional. Apesar disso, o estado obteve, assim como o Brasil, sua melhor marca, tendo R$ 15,6 bilhões na soma das lavouras permanentes e temporárias. Os dados são da pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM).

O valor de produção teve como destaque os grãos, principalmente a soja que, sozinha, representou 69,2% da quantia de todo o estado, tendo tido o montante de R$ 10,5 bilhões. Só essa cultura obteve o quádruplo do valor do segundo colocado, o milho, que registrou R$ 2,3 bilhões. Na sequência, o arroz (em casca) contribuiu ao somatório R$ 875 milhões. Mandioca (R$ 390 milhões), cana-de-açúcar (341 milhões) e abacaxi (R$ 199 milhões) vieram seguida.

O município tocantinense que mais teve valor de produção da soja em grãos foi Campos Lindos, com R$ 1,2 bilhão, mais que o dobro de Caseara (R$ 463 milhões) e Peixe (R$ 459 milhões). 98 cidades do estado registraram lucro nessa variável. Campos Lindos também foi destaque no valor de produção da segunda maior cultura do estado, o milho em grãos. Foram mais de R$ 436 milhões, número três vezes maior que a segunda colocada, Pedro Afonso (R$ 127 milhões), e da terceira, Caseara (R$ 126 milhões). Já tendo como referencial o arroz (em casca), o ranking muda, sendo Lagoa da Confusão como o maior valor de produção, com R$ 382 milhões, Formoso do Araguaia veio em seguida, marcando R$ 232 milhões e Dueré também foi destaque, já que registrou R$ 86 milhões.

No Tocantins, o ano de 2022 teve 1,88 milhão de hectares destinados à colheita ou área plantada. Desses, 1,17 milhão foi para os grãos de soja (62% do total), 422 mil para grãos de milho e 111 milhões para arroz em casca.

Quando se considera a variável de área colhida, o estado registrou, em 2022, 1,87 bilhão de hectares. Dos produtos colhidos que estão entre as dez maiores grandezas de plantação, apenas três extraíram a mesma quantidade plantada, que foram sorgo (em grão), com 55 mil, cana-de-açúcar, que obteve os mesmos 29 mil e algodão herbáceo (em caroço), com colheita de 5,4 mil hectares.

No ano de referência da pesquisa, foram produzidas 3,7 milhões de toneladas de soja em grãos. Cana-de-açúcar teve a segunda maior quantidade, com 2,53 milhões. Milho em grãos vem na terceira colocação, sendo produzidas 1,9 milhão de toneladas.

Informações extras
• As culturas de abacaxi, cana-de-açúcar, mamona e mandioca são consideradas culturas temporárias de longa duração. Elas costumam ter ciclo vegetativo que ultrapassa 12 meses e, por isso, as informações são computadas nas colheitas realizadas dentro de cada ano civil (12 meses). Nestas culturas a área plantada refere-se a área destinada à colheita no ano;

• Palmas tem 9 culturas registradas pela PAM, entre elas, açaí, soja e melancia;

• Miracema do Tocantins, sozinha, é responsável por 43,7% do valor de produção do abacaxi no estado, com R$ 87 milhões;

• Das 71 culturas pesquisadas, o Tocantins possuiu 27;

• Araguatins é cidade com maior variedade de lavouras plantadas em seu território, com 16; Araguanã e Carmolândia são as que tem menos, cada uma com apenas duas;

• Uva tem a menor área cultivada no estado, presente em 1 hectare.

Fonte – Ascom IBGE – TO