Quando falamos em corredor decorado, a primeira imagem que pinta na cabeça de muita gente é o espaço para passagem repleto de quadros ou fotografias de família. De galeria de arte a soluções funcionais, os oito projetos abaixo provam que o caminho entre a área social e a privada pode ser cheio de charme.

Visual limpo
Os quase 8 m de comprimento desta área de circulação num apê no Rio de Janeiro exigiam um recurso criativo. “É extensa, não passa despercebida”, diz Carlos Carvalho, sócio de Rodrigo Béze e de Caio Carvalho no Studio Ro+Ca. A solução dos arquitetos foi compor uma espécie de túnel de madeira que valoriza o piso — um mosaico de pastilhas original do prédio, erguido em 1931 — e ainda disfarça as portas para o quarto, o lavabo e o home theater.

A arquiteta Patricia Martinez transformou o corredor deste apê em uma brinquedoteca, com armários que dão tom divertido e funcional ao percurso (Foto: Salvador Cordaro / Divulgação)

Caixinhas de surpresa
No espaçoso apê paulistano, a arquiteta Patricia Martinez aproveitou cada centímetro do corredor, transformado-o em brinquedoteca. “Criei um percurso divertido e funcional”, diz. Os armários, feitos sob medida pela Di Legno Marcenaria, combinam carvalho e laca em tons de azul com efeito lúdico.

Coleção em destaque
Nesta casa em Londrina, PR, o corredor entre o hall e a sala virou uma galeria de arte. “A moradora é artista plástica e coleciona obras de colegas”, explica o arquiteto Antonio Ferreira Jr., autor do projeto com Mario Celso Bernardes, sócios no escritório AMC Arquitetura. O rosa antigo da tinta da Suvinil nas paredes e no teto dá a ideia de caixa. Como fica logo na entrada, o espaço também faz as vezes de chapelaria.

O móvel que separa o quarto do corredor não chega até o teto porque a estilista inglesa Anne Valentine gosta de luz natural (Foto: Elsa Young / Frank Features / Editora Globo)

Interferência mínima
Luz natural é algo importante para a estilista inglesa Anne Valentine. Por isso o móvel que separa o quarto dela do corredor não alcança o teto, deixando a claridade passar. A marcenaria como divisória oferece espaço para guardar livros e outros itens. O branco quase total e a simplicidade dos ganchos na parede repetem o minimalismo presente em toda a casa, uma construção antiga no oeste de Londres.

O corredor tem mix de objetos garimpados pela maquiadora Vanessa Rozan num estilo retrô, que marca todo o imóvel (Foto: Christian Maldonado / Editora Globo)

Reunião de achados
Tudo no apê paulistano da maquiadora Vanessa Rozan tem história. “Pesquiso em sites, mercados de pulgas, feiras de rua, lojas de antiguidades e até em caçambas”, conta ela. E não seria diferente no corredor, com um mix de objetos garimpados, pôsteres e fotos. A combinação original tem a ver com o estilo retrô do imóvel. O quimono na parede veio do brechó B.Luxo, e o tapete, da Tok&Stok.

O arquiteto Nildo José usou tacos da casa demolida dos avós como revestimento das paredes e do teto no corredor de entrada, uma forma de conectar o novo endereço às origens de sua família (Foto: Denilson Machado / MCA Estúdio / Divulgação)

Viagem no tempo
Quando soube que a antiga casa dos avós do cliente seria demolida em Fortaleza, CE, o arquiteto Nildo José não teve dúvidas: mandou buscar estes tacos de pau-marfim e sucupira e os aproveitou no projeto deste apê em São Paulo. “Achei que seria interessante conectar o novo endereço às origens da família dele”, revela o profissional. O assoalho foi usado como revestimento em todas as paredes, no teto e até na porta do corredor de entrada. A iluminação cênica completa o visual impactante.

Canaletas de aço inox na parede apoiam fotos de família sem atrapalhar a circulação no corredor projetado pelo arquiteto José Ricardo Basiches (Foto: Ricardo Bassetti / Divulgação)
Canaletas de aço inox na parede apoiam fotos de família sem atrapalhar a circulação no c

Álbum de família
Com duas canaletas de aço inox afixadas na parede, o arquiteto José Ricardo Basiches conseguiu criar o efeito desejado no corredor deste apartamento paulistano. “Elas apoiam fotos da família, o que personaliza o projeto, e ainda criam um visual interessante, pois os moradores escolheram retratos de tamanhos variados, colocados em molduras diferentes umas das outras”, diz ele. Além do efeito original, a solução caiu bem porque ocupa pouco espaço, algo fundamental numa circulação com somente 90 cm de largura.

Cimento queimado e porta azul-royal criam impacto já na entrada do apartamento. O banco é uma sapateira (Foto: Nathalie Artaxo / Divulgação)
Cimento queimado e porta azul-royal criam impacto já na entrada do apartamento. O banco é uma sapateira (Foto: Nathalie Artaxo / Divulgação)

Impacto na chegada
As arquitetas Fabiana Silveira e Patricia de Palma, do SP Estudio, aproveitaram que o elevador dá acesso exclusivo ao apartamento em São Paulo para criar uma área de circulação nada monótona já na entrada. Para isso, elas cobriram teto e paredes de cimento queimado, da Pinturas Croma, e pintaram a porta com tinta na cor azul-royal. O banco é uma sapateira, da Tavares Marcenaria. Quadros de Loro Verz.

fonte: Casa e Jardim