A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Delegacia de Investigações Criminais – DEIC, de Palmas, sob a coordenação da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), com apoio da DEIC-Guaraí e DEIC-Araguaina, deflagrou, nesta quinta-feira (8), a operação “Montibeller”, a qual resultou no cumprimento de mandado de prisão em desfavor de R.R.S.L e na realização de duas buscas residenciais, uma delas na cidade de Guaraí, onde o investigado foi preso, e outra na residência de seu pai, na região Central de Araguaína. Até o momento, as investigações apontaram que os golpes geraram prejuízo de cerca de R$ 170.000,00 (cento e setenta mil reais).
A investigação realizada pela Polícia Civil demonstrou que R.R.S.L, em 28 de janeiro de 2017, atuando como sócio de empresa de distribuição e venda de lubrificantes e utilizando um CPF falso, na cidade de Colinas, foi autor de crimes de estelionato com o uso de cheques assinados por “Montibeller” – nome falso que deu nome à operação – e que eram endossadas pelo investigado (R.R.S.L), preposto da empresa, também de fachada. Todavia, com o não pagamento dos cheques, o investigado, que se colocou como uma espécie de fiador, se recusou arcar junto aos credores com os compromissos assumidos, afirmando que os mesmos eram de responsabilidade da empresa.
Como se não bastasse, a mesma empresa que arcou com os prejuízos do crime também foi vítima de outro estelionato, porém com cheques de agências bancárias diferentes, mas vinculados à empresa investigada. Acionada na Justiça, a empresa de lubrificantes que emitia os cheques, assim como seus representantes, não foram encontrados. No decorrer das investigações, foi apurado que, na verdade, a empresa constituída por Montibeller fora adquirida em 20 de junho de 2012 com documentos falsos produzidos por R.R.S.L, juntamente com outro falsário, que utilizou o nome de M. A. R., para transferência da propriedade do estabelecimento.
O delegado titular da DEIC Palmas e responsável pela investigação, Wanderson Chaves de Queiroz, explicou que R.R.S.L é investigado em outros inquéritos, inclusive na chamada Operação Prata, que investigava crimes de formação de quadrilha, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato envolvendo altas somas em dinheiro através de empresas de postos de combustíveis, e a sua prisão tem o objetivo de manter a ordem pública, evitando que outras pessoas possam ser vítimas do falsário. As investigações apontaram, inclusive, que a empresa de lubrificantes alvo de investigação na Montibeller possui ainda o mesmo endereço de um dos postos de combustível utilizados para suposta prática de fraudes na Operação Prata.
Além da prisão, a Polícia Civil realizou buscas residenciais, visando à localização de documentos envolvendo as empresas e que podem colaborar com a elucidação do caso. Na oportunidade, os policiais civis também localizaram uma motocicleta, na residência do investigado, que está em nome de outra empresa vítima de fraude.
Após a realização das providências legais cabíveis, R.R.S.L foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Guaraí, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.