Três vereadores de Augustinópolis são considerados foragidos. A Polícia Civil deu início, na manhã desta sexta-feira, 25,  a uma operação que investiga cobrança de propina para aprovar projetos enviados para prefeitura da cidade. A justiça determinou a prisão provisória de dez dos onze vereadores do município, sete foram presos até o momento.

Os três vereadores foragidos são Antônio José de Queiroz dos Santos, Edvan Neves Conceição e Wagner Mariano Uchôa Lima. O esquema de corrupção pode ter desviado R$ 1,5 milhão durante três anos.

 O presidente da Câmara de Vereadores, Cícero Cruz Moutinho, foi o único vereador a não ter prisão decretada, mas foi levado para depor.

Em entrevista à imprensa ele afirmou que não tinha conhecimento sobre o esquema:  “Para mim está sendo uma surpresa. Uma surpresa grande, não estou sabendo nem do que se trata essa situação. [Agora] Esperar que vai ser feito. Não recebi nenhuma decisão, simplesmente fui intimado para vir à Câmara e depois à delegacia”, disse.

Entenda 

 A Operação foi chamada de Perfídia e é feita pela Polícia Civil e Ministério Público. São 14 mandados de busca e apreensão, dez de prisão temporária e três de condução para depor. O presidente da câmara e o prefeito da cidade não estão sendo investigados no momento.

Durante todo o monitoramento dos vereadores, em nenhum momento foi ouvido falar em benefícios que seriam para a população de Augustinópolis. Visavam apenas o locupletamento de dinheiro, extorquindo, de certo modo, a prefeitura para pagar valores para que aprovassem projetos oriundos da Prefeitura Municipal de Augustinópolis”, comentou o delegado Thyago Bustorf

 De acordo com as investigações, os vereadores cobravam propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura. O esquema teria movimentado cerca de R$ 40 mil por mês.

A Justiça também determinou o afastamento dos dez vereadores pelo período de 180 dias. Dessa forma, os suplentes devem ser nomeados imediatamente para ocupar os cargos. Apenas o presidente da Câmara, que não está sendo investigado neste momento, continua no cargo.

Também estão sendo levados para depor, o secretário de administração de Augustinópolis e um servidor do controle interno do município.

O outro lado 

O advogado,Fábio Alcântara, que representa  Maria Luisa de Jesus do Nascimento (PP) e Wagner Mariano Uchôa Lima (MDB), disse que só irá se posicionar após ter acesso aos autos.

Já advogada Cassia Cayres, que representa seis vereadores: Ozeas Gomes Teixeira (PR), Francinildo Lopes Soares (PSDB), Antônio Silva Feitosa (PTB), Angela Maria Silva Araújo de Oliveira (PSDB), Antônio Barbosa Sousa (SD) e Edvan Neves Conceição (MDB), disse que ainda não teve acesso ao processo e não pode se manifestar.

*com informações do G1