Após cerca de 15 dias de operação na região do Parque Estadual do Cantão, a fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) apreendeu armas, material predatório e ovos de tracajá. A operação teve início a partir de blitz ocorrida no último dia 31 de julho, quando uma equipe formada pela fiscal ambiental do escritório do Naturatins de Gurupi, Wilma Lúcia Neca e Silva, acompanhada de Policiais Militares Ambientais do Tocantins, realizou nos municípios de Abreulândia e Marianópolis, fiscalização no sentido de fechar todas as saídas do entorno do Parque Estadual do Cantão.

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Durante a operação que aconteceu na boca do córrego Cicica com o Rio Araguaia, área do Parque que é proibida toda e qualquer prática de pesca e caça predatória, foram apreendidas duas carabinas calibre 38, um revólver 38, cerca de 300 boias, inúmeras linhas e anzóis para captura de tracajás, 1.500 metros de rede de malhas 10 e 12, 130 ovos de tracajá, duas bate buchas e outros apetrechos.

Segundo a fiscal ambiental, Wilma Lúcia, o trabalho de fiscalização no contorno do Parque continua, e teve um grande êxito devido ao sobrevoo no avião do Naturatins, realizado no último dia 12, quando foram verificados muitos acampamentos na região dos rios Coco, Javaés e Araguaia. A operação também constatou um desmatamento irregular na área de transição, quando o proprietário foi autuado. Para a fiscal, o assoreamento dos rios é um reflexo das queimadas e dos desmatamentos. “Por essa razão as pessoas devem se conscientizar e pensar que a questão da falta de água não é um problema do futuro, mas sim de agora, do presente”, enfatizou.

“Das outras vezes fazíamos a fiscalização de barco, quando íamos por dentro do Rio Coco, mas com estiagem ficou mais difícil. Por isso optamos fazer o contrário, do Rio Araguaia até o córrego Cicica”. Ela enfatiza ainda que o Parque possui mais de 89 mil hectares e a presença do órgão ambiental é muito importante porque inibe a prática de crimes ambientais.