Em despacho realizado na manhã desta terça-feira, 22, a Justiça federal determinou a suspensão do depoimento do prefeito Carlos Amastha que seria realizado na tarde de hoje.

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Os autos serão encaminhados para o Ministério Público Federal, para posterior manifestação a respeito do pedido feito pela assessoria jurídica de Amastha de que o depoimento seja colhido  em Brasília (DF).


” O prefeito Amastha deseja  esclarecer todos os fatos o mais rápido possível, por isso solicitamos que a oitava seja realizada em Brasília com a presença da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal”, esclareceu a assessoria.

A determinação foi dada pela Justiça Federal depois que a defesa do gestor pediu para que o depoimento dele fosse colhido em Brasília. Amastha é um dos alvos da Operação Nosotros, que investiga fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões.

No dia 10 deste mês, quando a polícia deflagrou a operação, Amastha estava em viagem para a Europa. Na época, a PF fez buscas nas duas residências do gestor e apreendeu R$ 180 mil. Ele retornou à capital dias depois e disse que iria se apresentar de forma voluntária nesta terça-feira.

Para embasar o pedido, o advogado do prefeito Leandro Manzano argumentou que se Amastha prestasse o depoimento em Palmasocorreria um risco de exploração política diante do fato. A defesa também fez menção à possibilidade de manifestação de populares na frente da delegacia.

Na decisão, a Justiça apenas suspendeu o depoimento, mas não decidiu onde o prefeito fará os esclarecimentos.

Entenda
A Operação Nosotros da Polícia Federal foi deflagrada no início deste mês para apurar fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor. A ação ocorreu no Tocantins, Paraná e em Santa Catarina.

Em Palmas, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Amastha, que fica no setor Taquari e no apartamento dele, na quadra 2014 Sul. No dia ele não foi encontrado. Um chaveiro foi chamado para abrir o apartamento dele. Em um dos endereços foram apreendidos R$ 180 mil.

A polícia informou também que secretários municipais estão entre os alvos. Entre as pessoas conduzidas para depor estão o secretário municipal de finanças e o procurador geral do município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Diversos servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos, informou a PF. Mandados também foram cumpridos no prédio da Prefeitura de Palmas e em imobiliárias.

(Com informações do G1)