A Justiça determinou a prisão provisória de dez dos onze vereadores de Augustinópolis. Os mandados estão sendo cumpridos pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira, 25. A operação investiga cobrança de propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura da cidade.

 Até o momento, sete vereadores foram presos e três são considerados foragidos. Estão foragidos, Antônio José Queiroz dos Santos, Edvan Neves Conceição e Wagner Mariano Uchôa Lima.

Apenas o presidente da Câmara de Vereadores, Cícero Cruz Moutinho, não teve prisão decretada, mas está sendo levado para depor. A Operação chamada de Perfídia é feita pela Polícia Civil e Ministério Público. Além dos dez mandados de prisão temporária, também estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e três de condução para depor.

Em entrevista à imprensa, o presidente da câmara afirmou que não tinha conhecimento sobre o esquema: “Para mim está sendo uma surpresa. Uma surpresa grande, não estou sabendo nem do que se trata essa situação. [Agora] Esperar que vai ser feito. Não recebi nenhuma decisão, simplesmente fui intimado para vir à Câmara e depois à delegacia”, disse.

Os mandados de prisão são contra os seguintes vereadores:

  • Antônio Silva Feitosa
  • Antônio Barbosa Sousa
  • Antônio José Queiroz dos Santos
  • Edvan Neves Conceição
  • Ozeas Gomes Teixeira
  • Francinildo Lopes Soares
  • Angela Maria Silva Araújo de Oliveira
  • Marcos Pereira de Alencar
  • Wagner Mariano Uchôa Lima
  • Maria Luisa de Jesus do Nascimento

De acordo com as investigações, os vereadores cobravam propina para aprovar projetos enviados pela prefeitura. O esquema teria movimentado cerca de R$ 40 mil por mês.

A Justiça também determinou o afastamento dos dez vereadores pelo período de 180 dias. Dessa forma, os suplentes devem ser nomeados imediatamente para ocupar os cargos. Apenas o presidente da Câmara, que não está sendo investigado neste momento, continua no cargo.

Também estão sendo levados para depor, o secretário de administração de Augustinópolis e um servidor do controle interno do município.

A Gazeta tenta com a defesa dos suspeitos e acompanha mais informações sobre o caso.