A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) em Araguaína, norte do estado, oficiou na sexta-feira, 5, a Superintendência de Políticas de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, a prestar esclarecimentos sobre o transporte de pacientes com covid-19 entre unidades hospitalares, além de detalhes de como estaria funcionando o fluxo de pacientes liberados das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para leitos clínicos.
Na solicitação, o defensor público Sandro Ferreira citou casos de pacientes que precisaram ser atendidos e locomovidos para os hospitais que atendem casos de covid-19, mas na ocasião, o município estava sem UTI móvel para atendimento.
Outra situação apresentada pelo Defensor Público é a demora na transferência do paciente das UTIs para leitos clínicos após a alta hospitalar.
Para o Defensor Público, a falta de um fluxo definido para o transporte desse pacientes prejudica o giro de leitos e com isso, o melhor aproveitamento das vagas. Para ele, há falhas graves de gestão de transporte entre unidades hospitalares, representando grande risco aos pacientes. “Em um cenário de escassez de vagas de UTI na região norte do Estado, é inaceitável que o Estado mantenha uma paciente em UTI por três dias depois de ter recebido alta médica. A falta da ambulância para levar a paciente da UTI para um leito clínico impede que outros pacientes com covid-19 em estado grave consigam acessar esse leito que deveria estar disponível, colocando em risco suas vidas pela falta de vagas na região onde residem”, disse o Defensor.
O outro lado
A Gazeta busca ouvir a Secretaria de saúde sobre as informações solicitadas pela Defensoria. Na semana passada o governo já anunciou a ampliação de leitos na cidade.