O servidor público e empreendedor Amadeu Filho, de 30 anos, pai de dois filhos, é o último personagem da série “Pais que cuidam”, promovido pela Prefeitura de Araguaína para celebrar o Dia dos Pais, comemorado no domingo, 14 de agosto. A missão é contar a história de araguainenses que vivenciam a paternidade e, por meio do amor, aprendem a ser pessoas melhores e superam as dificuldades, sejam elas financeiras, sociais, além dos preconceitos.

Amadeu é casado há cinco anos com a professora Keliane Cardoso e, juntos, são pais da Eloísa, de três anos, e do Isaac, de nove meses. A experiência da paternidade do empreededor pode ser dividida em dois momentos bastante marcantes na vida dele: com a primeira filha e depois, com o segundo filho.

Pai de primeira viagem
“Quando casamos, tínhamos o projeto de ter filhos, mas não tivemos planejamento sobre isso, foi tudo da forma que Deus quis. Não tem como não dizer que, quando a gente é pai de primeira viagem, como foi o caso da Eloísa, eu não conseguia dar banho nela nos primeiros dias. Tivemos ajuda, mas logo em seguida eu me encorajei e assumi. Mesmo sendo profissional de saúde, eu ainda tinha um pouco de insegurança”, conta Amadeu.

E o outro grande desafio foi ter um papel importante também na vida da esposa no puerpério. Ele lembra que, como o primeiro parto foi cesariana e um resguardo maior por parte da mãe, as dificuldades foram maiores.

“A compreensão do homem tem que estar voltada muito para esse lado também. Na questão da alimentação, por exemplo, eu que fazia tudo, a comida da bebê e da minha esposa, e todos os afazeres domésticos, eu assumi”, compartilhou o servidor.

Isaac, o segundo filho
Quando Isaac nasceu, Amadeu conta que a parceria entre ele e a esposa foi ainda maior. “Eu fiquei todo o tempo no hospital, porque, com a Eloísa, eu estava mudando de emprego, e não podia ficar lá o tempo todo. Com nosso segundo filho, quando voltamos para casa, eu assumi todos os banhos e outras tarefas com 100% mais de segurança”.

E para o servidor, se existiu algum momento ruim na paternidade até agora, não foi por culpa dele, da esposa ou dos filhos.

“O ruim é que a gente só tem os sete dias da licença-paternidade, porque se tivesse mais tempo, pelo menos uns 30 dias, seria bom demais. Eu quero estar perto, ajudar, porque eu reconheço que é complicado para a mãe nesse período”, revelou Amadeu.

Amamentação
Para a mãe, o início da amamentação é um período bastante sensível, repleto de dúvidas e, muitas vezes, sacrifícios por causa dos desconfortos físicos. E Amadeu diz que fez o possível para tornar esse momento o melhor possível para a esposa.

“Eu pegava a Eloísa do berço, colocava no colo dela, ficava ao lado, colocava para arrotar, trocava as fraldas. Nesses momentos, a mãe é o foco do bebê, mas ela cansa, então eu tirava um pouco o bebê do colo e ficava com ela para a Keliane poder descansar. A ajuda do pai tem que ser muito nesse sentido”, afirma Amadeu.

Rede de apoio para a família
O servidor público reconhece que o papel da mãe é cansativo por causa de todas as fases da gravidez, o parto, o resguardo, as noites em claro nos primeiros meses de vida da criança. Por isso ele acredita que o melhor que o esposo pode fazer é se colocar à disposição para o que for necessário.

E o mais importante: é preciso lembrar sempre que, além de ser pai, o homem também precisa honrar o papel de marido.

“A gente não pode se ver apenas como pai. Nós somos maridos, fazemos parte de um casal. Às vezes a gente foca muito no cuidado com os filhos e deixa de lado o cuidado com a esposa. A questão de ter um momento só a dois, resgatar um pouco a vida do casal, porque os filhos mudam a nossa rotina, não tem como. Não podemos separar as coisas, tem que cuidar de tudo com a mesma dedicação. Temos que lembrar que ela não é só mãe, ela é esposa também”, finalizou.