Algumas características físicas se ressaltam mais que as outras e, muitas vezes, acabam se tornando um constrangimento e, consequentemente, motivo de baixa autoestima. Orelha de abano é um desses casos. Esse traço pode se tornar um motivo de ofensa, apelidos e bullying. O quadro pode vir a se agravar devido à falta de tratamento. A cirurgia de correção é chamada de otoplastia, e considerada como estética, raramente é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Projeto Orelhinha vem ao Tocantins pela segunda vez para dar total suporte e orientação na correção cirúrgica de orelhas em abano. Em 2018, no Tocantins, 117 pessoas fizeram o procedimento. Os interessados passam por um processo de cadastramento, onde são realizadas palestras e debates educativos. Os participantes ficam cientes de todo o procedimento, antes e pós-operatório.
Ana Carolina Gomes mora em Araguaína e conta a felicidade em ter realizado a cirurgia pelo projeto. “Eu sonhava há anos com a otoplastia. Sofri muito bullying na escola quando era adolescente. Minha família não tinha condições financeiras de bancar uma cirurgia e como era considerada uma questão estética, não colocavam como prioridade. Minha tia viu sobre o projeto e fez o meu cadastro. No começo fiquei receosa então pesquisei mais sobre o projeto e sobre o fundador. O resultado foi emocionante. O sistema me deu total apoio e esclareceu todas as minhas dúvidas. Já faz dois meses e a orelha está perfeita”.
No Brasil, o projeto resgatou a autoestima de mais de 25 mil pessoas. O coordenador, fundador e cirurgião plástico, Dr. Marcelo Assis, destacou os propósitos do Projeto, que vão além do estético. “Nosso objetivo é resgatar a autoestima das pessoas e, por meio de campanhas educativas, promover o debate sobre o bullying com diferentes pessoas, de diversas idades e lugares, para trazer mais igualdade para a sociedade”.
Este ano, o Projeto Orelhinha acontece novamente nas cidades de Palmas e Araguaína e a estimativa é atender mais de 150 pessoas.
Como se inscrever: https://www.projetoorelhinha.
fonte: Ascom Projeto Orelhinha