O consumo de cigarro no Brasil diminuiu nos últimos 15 anos e as regiões que com maior redução são o Norte e o Nordeste. A estimativa do Ministério da Saúde mostra queda desde 2006. Porto Velho, Teresina, Macapá e Maceió são as capitais que lideram a ranking.

Os dados, analisados pela Agência Tatu, fazem parte da publicação Vigilância de Fatos de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. O resultado da pesquisa realizada entre 2006 e 2020 foi divulgado em março deste ano.

A pesquisa estima que 6,2% dos fumantes brasileiros abandonaram o vício. O Norte e o Nordeste lideram a redução com 8,8% e 7,6%, respectivamente, ficando à frente da média nacional.

A capital que menos reduziu foi Florianópolis (SC) com 2,3% e a que lidera o ranking é Porto Velho (RO) com 12,6% menos fumantes. O levantamento, realizado em 2020, consultou 27.077 brasileiros de todas as idades.

Durante 15 anos de pesquisa, é possível perceber que houve variações no número de fumantes em cada faixa etária. Em 2006, por exemplo, a maioria tinha entre 45 e 54 anos (22,8%), seguida dos brasileiros entre 35 e 44 anos (18,7%). Já em 2020, a maior parte dos fumantes tinha entre 55 e 64 anos (12,2%) e logo após os de 25 a 34 anos (10,6%).

Consequências do tabagismo

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) trata o consumo do tabaco como uma epidemia, que é responsável pela morte de mais de 8 milhões de pessoas por ano. O organismo internacional estima que 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto 1,2 milhão são devido ao fumo passivo. O tabagismo contribui para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, doenças cardíacas e Acidente Vascular Cerebral (AVC).