Em entrevista à Rádio CBN Tocantins, nesta sexta-feira, o prefeito e candidato à reeleição pela coligação “Palmas Bem Cuidada”, Carlos Amastha (PSB), desafiou os adversários a provar que sua gestão aumentou impostos. A entrevista foi conduzida pelo apresentador Wagner Quintanilha e a repórter France Santiago, com a participação de ouvintes.
Amastha afirmou que não mexeu em alíquotas do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU), o que houve foi a revisão da Planta de Valores Genéricos. “Em 2012, apenas 6 mil pessoas não pagavam IPTU, hoje são 19.200 famílias que não pagam IPTU. Então quando se fala em IPTU é importante ressaltar que em Palmas nós estamos fazendo justiça fiscal. Quem não tem condições não paga, quem tem pouco paga pouco e quem tem muito paga o justo. Esse viral que os impostos aumentaram quem sustenta são os grandes detentores de áreas que antes pagavam Imposto Rural (ITR) em quase 10 milhões de m² bem no coração da cidade e hoje eles têm que pagar o IPTU justo”, ressaltou.
Amastha explicou que a revisão da planta de valores e do código tributário é constitucionalmente legal e devem ser feitos. “Eu entendo que com a crise econômica que assolou o Brasil inteiro, alguns imóveis tenham se desvalorizado, e com certeza na revisão da planta deve implicar na baixa do valor do IPTU”, disse.
Sem negociatas
Ainda sobre impostos, Amastha disse que alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS) para a rede hoteleira ficou em 3% enquanto outros segmentos é 5%. “Será que deu certo? Deu muito certo porque o número de leitos cresceu na cidade. Hoje temos um centro de convenções em pleno funcionamento, um aeroporto que foi o único que cresceu no Brasil. Temos eventos o ano inteiro e sediamos eventos mundiais. Isso tudo implica em crescimento”, destacou Amastha, lembrando que não toma nenhuma medida econômica sem antes consultar o Conselho de Inovação e Desenvolvimento Econômico de Palmas (Cidep). “Eu jamais aumentaria ou diminuiria um imposto baseado em negociatas. Hoje, em Palmas, não se doa terreno, não diminui ou aumenta nada sem ouvir o conselho.”
Estacionamento
Amastha reiterou que passado o período eleitoral irá sentar com empresários e a empresa que opera o estacionamento rotativo para definir melhorias na prestação do serviço e rebateu a informação de que a maior parte da arrecadação fique com a empresa. “Tenha certeza de uma coisa, sou muito melhor empresário do que político. Eu exigi que a Prefeitura recebesse 7% do faturamento bruto. Hoje qualquer negócio no Brasil e no mundo que dê 7% são os melhores negócios do mundo. Jamais faria algo que trouxesse prejuízo para nossa cidade. E a verdade é que a empresa investiu mais de R$ 6 milhões e faturou R$ 2 milhões”, argumentou, reiterando que a concessão do serviço se deu de forma legal e que a democratização das vagas favorece o comércio.
Ambulatório Municipal
Respondendo a uma pergunta de um ouvinte, o urologista Adelmo Negre, sobre propostas para criação de um hospital municipal, Amastha reiterou quais são as obrigações da Prefeitura e do Estado, e que a saúde básica do município tem 100% de cobertura e que, nos próximos dias, Palmas contará com um Ambulatório Municipal com capacidade para fazer cirurgias eletivas. “No ambulatório nós vamos tratar 17 especialidades e realizar cirurgias eletivas só para os palmenses encaminhados pelas nossas unidades de saúde. Isso é uma solução emergencial. Mais para frente teremos um hospital universitário na cidade. Ontem, conversei com a equipe da Universidade Federal do Tocantins e me disseram que o projeto está pronto. Nós vamos ajudar na implantação. Será um hospital universitário em parceria com alguns órgãos que fará Palmas evoluir muito no quesito saúde.”
Transporte hidroviário
Amastha foi questionado por ter no plano de governo a implantação do transporte hidroviário sem ao menos o BRT ter sido construído. “O BRT vai sair do papel, e o que está sendo discutido na Justiça é se será usado ou não o recurso federal. Nós estamos construindo uma cidade para as pessoas e não para os carros. Palmas precisa de transporte eficiente e já temos que pensar futuramente em transporte hidroviário por causa do Distrito de Luzimangues.”
Amastha falou ainda que deseja ser reeleito porque quer dar continuidade ao trabalho que vem sendo realizado, lembrando que Palmas hoje tem planejamento traçado para os próximos 50 anos. “Palmas hoje tem um diagnóstico pronto, uma das poucas da América Latina que tem um plano pronto e com recursos viabilizados. Quero concluir esse trabalho. Minha maior frustração é ter sido prefeito nos três piores anos da economia brasileira, mas estou feliz e satisfeito com que a gente fez. Palmas mudou muito, e o palmense tem orgulho da cidade.”
Fonte: Ascom