Maju Cotrim- Editora Chefe

O ano no Congresso começa nesta segunda-feira, 3, com cerimônia especial e a leitura da mensagem do Palácio do Planalto. Neste domingo, a Gazeta conversou com o senador líder do governo Bolsonaro no Congresso, o tocantinense Eduardo Gomes. O senador está com o braço imobilizado após um incidente doméstico, mas passa bem.

Ele disse estar otimista para retorno dos trabalhos. No recesso o senador fez uma caravana por alguns municípios do Tocantins acompanhando a liberação de convênios e recursos pela Caixa. Por onde passou fez discursos com apelo pelo diálogo e união de esforços políticos.

Na última semana Gomes esteve em evidência nacional cotado por vários veículos para uma possível substituição do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de quem é amigo pessoal. Com pé no chão e sem se ater ás especulações por parte da imprensa, Gomes sempre teve foco em desenvolver bem a liderança no governo.

“ A Liderança do governo é um instrumento, uma função estratégica e importante que faz parte da política do governo”, disse.

Pé no chão e sempre “soldado da convergência” como é considerado por líderes nacionais, Gomes foi claro: “O que um líder não deve fazer é cobiçar cargo no governo porque ele já faz parte da gestão, aliás está e a primeira função de um líder: não cobiçar qualquer outro cargo que seja, porque ele (o líder) já é um colaborador para defender a política do governo e o trabalho dos ministérios”, disse em exclusiva á Gazeta.

O ministro Onyx continua no governo e inclusive vai ler a mensagem de Bolsonaro na abertura do ano no Congresso nesta segunda-feira. Eduardo Gomes é considerado pelos articulistas nacionais o interlocutor ideal para intermediar a votação das grandes pautas.

Um ano no mandato

Um ano após sua posse, Gomes fez um balanço positivo de sua atuação parlamentar com articulações importantes para o Estado e liberação de cerca de R$ 300 milhões para cerca de 80 cidades em áreas distintas. Foi eleito segundo secretário da mesa do Senado, um dos cabeças do Congresso, vice- líder de Bolsonaro no Senado e depois líder no Congresso. Além deste trânsito nacional reconhecido, no Tocantins o apoio dele para as eleições nas prefeituras será decisivo em vários colégios eleitorais.

Cotações não param

As cotações em torno do nome de Eduardo Gomes não param. Desde as locais até as nacionais. No Tocantins cogita-se o nome dele para o governo em 2022 e neste domingo, por exemplo, o Estadão, um dos principais veículos nacionais analisou a possibilidade e força política de Gomes para a presidência no Senado.

Ano de reformas

Um dos grandes desafios no Congresso este ano é a análise e votação das reformas tributária e administrativa além de várias MPs que devem ser analisadas antes do Carnaval segundo estimam analistas.

Câmara e Senado começam 2020 com 27 medidas provisórias (MPs) para análise. Desse total, dez já trancam a pauta de votações e até o final de fevereiro outras cinco vão aumentar essa fila.