Maju Cotrim

O ex-senador e pré-candidato ao governo pelo Tocantins, Ataídes Oliveira comentou  à Gazeta do Cerrado sobre a possibilidade de abrir ou não um processo de impeachment contra o governador afastado, Mauro Carlesse.

“Sobre o afastamento do governador Carlesse percebo que os fatos são graves. O STJ não afastaria um governo por unanimidade se os fatos não fossem gravíssimos, eu já tinha falado no passado que a corrupção no estado é como uma fratura exposta”, disse.

Ele falou que sempre alertou para suspeitas de desvios e completou: “o desvio do dinheiro público na gestão deste moço aproximará de R$ 1 bilhão, isso causa uma estabilidade política e insegurança jurídica grande”, pontuou.

“Como participante atuante e protagonista do processo de impeachment da ex-presidente Dilma, posso dizer que vejo que o presidente da Assembleia está numa situação muito delicada, dificilmente ele não receberá o requerimento de impeachment diante dos fatos narrados e já vistos pela imprensa e pela PF, pela corte do STJ. Vejo que ele deverá receber, é uma atribuição literalmente individual do legislativo”, comentou.

Consultoria

“O processo é delicadíssimo e requer atenção de todos os membros. Após o recebimento imagino que o presidente deve contratar uma consultoria especializada”, sugeriu.

Ele falou um pouco dos trâmites do pedido caso seja aceito. Uma comissão será criada e a escolha dos membros será de acordo com o regimento interno.

“O governador afastado tem o amplo direito da defesa e do contraditório, tem que ouvir todos”, citou sobre o trâmite do impeachment caso seja aceito.

“Esse processo não pode ter defeito nenhum senão jogará por terra todo processo, acredito que ele será judicializado. É um processo traumático mas tem que ocorrer”, comentou .