Os agentes penitenciários vão ter que escoltar todos os servidores da empresa Umanizzare nos serviços internos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP). A determinação está em uma  portaria emitida pela Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça para evitar rebeliões e mortes na unidade. 

Conforme o documento, os policiais terão que acompanhar e proteger os funcionários da empresa tercerizada, durante a liberação dos presos para o banho de sol no período da manhã e da tarde.

Ao todo, 86 presos da CPP que ficam numa ala chamada de “seguro” e que não fazem parte de organizações criminosas, vão ser transferidos para o interior do estado. A data ainda não foi informada. A medida de segurança foi tomada pelo juiz do juiz de execuções penais, Luiz Zilmar dos Santos Pires,  após uma vistoria realizada na unidade. Detentos relataram ameaças que estavam sofrendo por intengrantes de supostas facções.

Outra transferência foi solicitada pela Secretaria de Cidadania e Justiça. O Estado pediu que 50 presos do presídio Barrra da Grota, em Araguaína, norte do estado, sejam transferidos para a CPP. Eles seriam integrantes de uma facção criminosa. O juiz de execuções penais disse que aceitou a transferência porque a secretaria garantiu que em Palmas os detentos não correm riscos. A transferência deve ser realizada nos próximos dias.

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No último domingo (15), policiais do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) fizeram uma vistoria inesperada no presídio de Palmas para tentar localizar uma arma de fogo num pavilhão dominado por uma facção.  A arma não foi encontrada, mas foram apreendidas mais de sessenta facas artesanais, drogas e aparelhos de celular.

Na próxima quinta-feira (19), o presidente do Tribunal de Justiça Ronaldo Eurípedes deve se reunir com todos os juizes criminais para tratar de medidas que poderão ser adotadas no âmbito da justiça.

“Nós precisamos fazer com que a presença do Estado seja mais forte do que a presença do crime. O Estado existe para isso”, disse o presidente.