Demolição ainda não tem data e só ocorrerá após todos os desaparecidos serem encontrados. Ordem de serviço para o início da construção foi assinada e o prazo de entrega é de um ano.
As plataformas que ainda restaram em pé da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que caiu no fim de dezembro do ano passado, terão que ser demolidas. Para a retirada do que restou da estrutura, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que será preciso fazer, a princípio, uma implosão controlada.
A informação foi repassada pelo departamento na tarde desta sexta-feira (3). Entretanto, ainda não há data para a demolição, já que, no momento, os trabalhos no local se concentram na localização e posterior resgate de pessoas que ainda estão desaparecidas.
A ponte liga os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O colapso aconteceu no dia 22 de dezembro. No total, o acidente deixou 18 vítimas e uma delas foi resgatada com vida no dia do desabamento. Quatro continuam desaparecidas, conforme a Marinha do Brasil (veja quem são os mortos abaixo).
O DNIT informou que, além dos trabalhos para localizar as vítimas, ainda será preciso fazer uma avaliação para retirar os veículos que continuam no que restou da ponte. Isso será feito com a empresa contratada para a construção da nova ponte e demais entidades e órgãos envolvidos.
A autarquia já havia informado que a ponte será reconstruída. Nesta sexta-feira (3), foi assinada a ordem de serviço para a construção e as etapas seguintes serão feitas no âmbito do contrato da nova ponte. O prazo para entrega da obra é de um ano.
Identificação das vítimas
As autoridades identificaram até o momento 12 das 13 vítimas:
- Lorena Ribeiro Rodrigues, 25 anos
- Lorranny Sidrone de Jesus, 11 anos
- Kecio Francisco Santos Lopes, 42 anos
- Andreia Maria de Souza, 45 anos
- Anisio Padilha Soares, 43 anos
- Silvana dos Santos Rocha Soares, 53 anos
- Elisangela Santos das Chagas, 50 anos
- Ailson Gomes Carneiro, 57 anos
- Rosimarina da Silva Carvalho, 48 anos
- Cássia de Sousa Tavares, 34 anos, e sua filha Cecília Tavares Rodrigues, 3 anos
- Beroaldo dos Santos, 56 anos
Íntegra da nota do DNIT:
O DNIT informa que, no momento, a prioridade é pela busca e resgate das vítimas. A retirada dos veículos que estão sobre a estrutura remanescente do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226/TO, será avaliada pela autarquia, juntamente com a empresa contratada para construção da nova ponte e demais entidades e órgãos envolvidos.
A demolição, a princípio, ocorrerá por implosão controlada. No entanto, a definição do processo ocorrerá no âmbito do contrato da nova ponte, que teve ordem de início dos serviços assinada nesta sexta-feira (3).
Com o compromisso das equipes do DNIT e da empresa contratada, o prazo para entrega da obra é de um ano, a exemplo de duas outras pontes com obras emergenciais, que foram entregues em tempo recorde. Uma delas é a ponte do Rio Caí, na BR-116/RS, entregue em 21 de dezembro, executada em pouco mais de seis meses. A ponte foi erguida próximo à estrutura antiga que colapsou durante o maior desastre natural que atingiu o Rio Grande do Sul, em maio do ano passado.
Outro exemplo é a ponte sobre o Rio Ponta da Serra, na BR-304/RN, que após fortes chuvas colapsou. Nesse caso, a obra de reconstrução teve ordem de início assinada em 29 de maio de 2024 com entrega prevista para 31 de março de 2025. A nova ponte no Rio Grande do Norte foi concluída e liberada ao tráfego no último 30 de dezembro.
(Fonte: g1 Tocantins)