Ovos de Páscoa (Foto: Pexels)
A Páscoa de 2021 está aí. Ainda que a piora na pandemia esteja causando restrições na abertura de negócios, neste ano, os empreendedores estão mais preparados para as vendas remotas do que em 2020. É possível vender mais na data festiva – ou mesmo mirar resultados melhores para o resto do ano.
Para o chef, confeiteiro e professor Lucas Corazza, o primeiro passo para quem quer empreender ou tem uma produção pequena é prestar um serviço transparente, com uma boa qualidade de higienização.
Para o chef, economizar durante o momento de crise econômica é importante. Entretanto, deixar de usar ingredientes que são cruciais na construção do seu ovo de páscoa pode impactar negativamente na qualidade e sabor.
“Não basta ter apenas as receitas e os equipamentos”, afirma. Olhar para o concorrente é importante. “Mande uma mensagem, descubra o preço, veja onde estão as falhas de quem está na briga pelo mercado. Se tiver oportunidade, compre o produto e faça uma comparação honesta. Dessa forma, é possível entender como não errar”, diz.
Renata Penido, sócia da Ambar Chocolates, tem mais de 13 anos de experiência com o manuseio da produção, ministra cursos e é influencer. Por meio do seu Instagram, ela oferece dicas para quem quer abrir um negócio ou tem uma pequena produção.
Uma recomendação da empreendedora é pesquisar antes a compra dos insumos e formar um estoque com pequenas quantidades. Um segundo passo é respeitar a identidade da sua marca. Por exemplo: se os clientes costumam comprar bombons ou barras de cookies, é interessante inserir o sabor no recheio ou na casca dos ovos.
É preciso, ainda, ser conservador na hora de inovar. Uma grande gama de sabores pode dificultar o fluxo de produção. “Se eu tenho que fazer 40 variedades de recheio, isso é improdutivo e diminui o meu lucro”, diz a chocolatier.
No ano passado, Penido criou o #PascoaAtéJunho, movimento que incentivava a compra de chocolates para além da data, e viralizou na internet. Por conta da pandemia, muitos pequenos chocolateiros foram pegos de surpresa e temiam ficar com estoques abarrotados depois de abril.
Segundo a empreendedora, em 2021 deve ser diferente. “O contexto é outro. Não houve surpresa, como na última vez. Os produtores tinham se planejado, comprado todos os insumos e veio a pandemia. Neste ano, não esperávamos a piora [no avanço da doença no país], mas as pessoas estão mais familiarizadas com o digital e o delivery”, afirma Penido.
Já o presidente do comitê de trade marketing da Associação de Marketing Promocional (AMPRO) e CEO da Smollan iTrade, empresa de soluções para o varejo que atua em mais de 50 países, Stenio Souza, em meio à crise, é importante analisar o giro do caixa diariamente, ter um bom entendimento do perfil do cliente e o que ele busca, assim como trabalhar a visibilidade da marca e provocar ações efetivas em determinados produtos que possam garantir a venda.
“É bacana olhar para o seu mix de ovos de páscoa e avaliar qual produto tem maior procura. Com esse cenário de incerteza, é difícil criar muitas variantes. Opções reduzidas facilitam a experiência do consumidor”, diz Souza.
“Considerar que o chocolate é sensível e que a entrega é decisiva para a experiência final do freguês é fundamental para planejar a produção e a logística.”