A saída da Avianca do mercado, a dificuldade da concorrência em absorver a demanda de passageiros e os altos custos em dólar das operações das companhias aéreas estão fazendo o brasileiro assistir a um crescimento no valor das passagens. Há, porém, dicas para encontrar bilhetes mais baratos.

Especialistas apontam truques que vão desde dia e horário certos para voar, até táticas sobre voos de conexão, antecedência na compra e qual aeroporto escolher para decolar. Veja as dicas abaixo:

  • Evite voar aos finais de semana e embarcar entre 7h e 8h nos dias úteis – é o fluxo dos executivos e 80% dos voos são comprados para viagens de negócio.
  • Priorize voar entre terça e quinta-feira porque são os dias mais baratos para fazer voos nacionais. Geralmente, as reuniões dos executivos são sempre no começo ou no final da semana e, por esse motivo, terça, quarta e quinta-feira são os dias mais baratos para se voar.
  • O melhor horário para voar é o do almoço, que muitas vezes tem preços tão baixos quanto os voos de madrugada.
  • Se a viagem for internacional, priorize voos que saem no meio da tarde. Eles tendem a ser mais baratos que aqueles saindo depois de 21h, diz Mariana Aldrigui, pesquisadora em Turismo na USP (Universidade de São Paulo).
  • A madrugada é o melhor horário para buscar passagens nos sites das companhias aéreas: os melhores horários são os que têm menos pessoas buscando, seguindo a lei da oferta e da procura por uma poltrona.
  • Quanto aos dias da semana, explica Mariana, quarta-feira historicamente gera os melhores preços ou oportunidades de promoções. “Mas o perfil de quem está buscando as passagens pode implicar nos preços encontrados: varia de acordo com as buscas recentes que fez ou o histórico de compras no site daquela companhia”.
  • Por isso, apague o cache do seu navegador quando for fazer pesquisa de passagens. O cache é a área de memória onde é mantida uma cópia temporária de dados armazenados. Segundo especialistas em comércio eletrônico, esse cache “monitora” as buscas que fazemos, “memorizando” os destinos, datas e horários que buscamos. Isso pode “viciar” o sistema a manter preços mais altos. Representantes de companhias áreas, no entanto, negam.
  • Voos com escalas são mais baratos porque trechos mais longos “gastam” mais o tempo do passageiro. Em viagens internacionais, grande parte das pessoas vai a negócios, e as empresas, em geral, preferem pagar por trechos mais confortáveis e seguros para seus funcionários, o que deixa esses voos mais disputados.
  • Assim, uma rota direta São Paulo–Nova York ou São Paulo– Londres será mais cara que uma com conexão em outra cidade ou mesmo em outro país.
  • Viajar por Guarulhos sai mais barato do que Congonhas, em São PauloO mesmo se aplica para o aeroporto Santos Dumont e o Galeão, no Rio de Janeiro. “Muitos executivos preferem sair de Congonhas, por ser um aeroporto mais central e, por isso, as passagens ficam mais caras. É a regra do custo x demanda”, lembra Viviane Pio, gerente de vendas da CVC.
  • Mas é preciso levar em conta os custos disso: a distância, as horas gastas e o preço de deslocamento. Às vezes, o que se gasta no táxi indo para o aeroporto mais longe acaba compensando a compra de uma passagem um pouco mais cara, embarcando do aeroporto mais central.
  • Programe sua viagem nacional com antecedência de até 3 meses e viagem internacional com antecedência de 6 meses. As passagens costumam ser mais baratas do que comprando mais perto da data da partida.
  • Vale a pena pesquisar em sites que comparam preços de várias companhias aéreas. Eles costumam mostrar a escalada de preços e alertar se existem bilhetes mais baratos para dias anteriores ou depois do que você está procurando. Assim, se houver disponibilidade para antecipar ou atrasar a data de embarque, você pode sair lucrando.
  • Participe de programas de milhagens de companhias aéreas, cartões de crédito e afins. Há sempre alertas de promoções para os participantes trocarem pontos e conseguir trocar gastando menos que o usual.
  • E sempre faça as contas: se a passagem corresponder a mais de 55% do orçamento da viagem, não compre.

fonte: G1