Comprometido e experiente, o novo secretário já tinha experiência na área de gestão e educação indígena

 

Foi empossado como titular da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), a partir da divulgação da nomeação no Diário Oficial do Estado, o cacique, Paulo Waikarnãse Xerente, que conta com uma trajetória marcada pela defesa dos direitos e da cultura dos povos indígenas e tradicionais no Tocantins. O novo secretário já vinha desenvolvendo na mesma pasta, o cargo de diretor de Proteção aos Povos Originários e Tradicionais (Sepot).

 

 

Paulo Waikarnãse, nascido na aldeia Porteira, no município de Tocantínia, é cacique da aldeia Mraizase. Com uma conexão profunda e desde a infância com as questões indígenas no estado, ele assume a liderança da Sepot para participar ativamente de um esforço conjunto de conscientização e defesa dos direitos dessas comunidades.

Assim, o secretário firma o compromisso de promover e apoiar a cultura dos povos originários tradicionais, com ações de promoção, divulgação e articulação. Para Paulo, uma secretaria forte se constrói por meio do intercâmbio e cooperação com entidades e instituições públicas ou privadas, visando o reconhecimento e garantia de direitos dos povos.

 

“Vamos dar continuidade aos projetos realizados pela Sepot, tanto para os povos originários quanto para os povos tradicionais. Neste ano, vamos nos concentrar em concluir projetos que já estão em andamento, buscando estabelecer políticas públicas permanentes”, declarou.

 

Experiente e capacitado

Paulo Waikarnãse Xerente é formado em Administração pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), pós-graduado em Ciência do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e, atualmente, é doutorando na mesma instituição. Com a saída da aldeia aos 14 anos, em busca de melhores condições e oportunidades de estudo, iniciou a sua trajetória nas pautas indígenas e tradicionais.

 

Como técnico de Enfermagem na etnia Xerente, pelo Distrito Sanitário Indígena Tocantins (Dsei-TO), onde auxiliava no atendimento aos pacientes e na comunicação com os médicos, por meio da tradução das informações na língua indígena para o português.

 

Já foi chefe da Brigada de Incêndio da etnia Krahô pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), além de ter sido gerente executivo do Programa de Compensação Ambiental Xerente (Procambix), projeto cujo objetivo era amenizar os impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Lajeado.

 

 

A respeito da Sepot

Estabelecida há 11 meses, a Sepot tem se firmado como um espaço de diálogo e de defesa dos direitos dos povos originários e tradicionais. Sob a liderança de Paulo Xerente, a Sepot se reforça para enfrentar os desafios, engajar as comunidades e realizar um trabalho mais democrático e transparente.