Maju Cotrim

O presidente do Sindicato dos servidores públicos do Tocantins, Cleiton Pinheiro protocolou um pedido de impeachment na Assembleia contra o governador afastado, Mauro Carlesse. O pedido ainda não foi analisado.

Nos bastidores, deputados já se dividem sobre o pedido mesmo que não deem declarações públicas sobre o assunto.

“A Assembleia tem que dar uma resposta para o impeachment , A Assembleia é protagonista neste momento”, disse á Gazeta o deputado Eduardo do Dertins sobre o pedido de impeachment.

“Sou a favor que a gente construa o grupo político que continue trabalhando pelo Tocantins, o Carlesse na minha opinião já foi até onde foi”, opinou.

“Não vi a fundamentação de pedido de impeachment, acho que não temos que brincar com isso, se tiver fundamento eu sou avaliar ”, disse.

Ayres

Em conversa com a Gazeta, o deputado Ricardo Ayres, que também é jurista, explicou que o presidente da Assembleia tem que aceitar ou rejeitar o pedido para depois haver uma análise e demais trâmites.

“Ainda não tenho opinião formada mas é preciso avaliar o conteúdo do pedido para ver se tem elementos que caracterizem crime de responsabilidade do governador , é uma discussão que deve ser bastante política, do ponto de vista técnico temos que ver se tem elementos que caracterizem crime de responsabilidade”, disse.

“Não vou fugir da minha responsabilidade como deputado, me preocupa muito a estabilidade do Estado”, pontuou.

Andrade sempre foi aliado próximo de Carlesse e está inclusive no mesmo partido que ele. Ele ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

A Gazeta acompanha os bastidores.

O pedido de impeachment

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (SISEPE-TO),  Cleiton Pinheiro protocolou, no dia 9 de novembro na Assembleia Legislativa um pedido de cassação contra o governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL).

Na AL também tramita um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), de autoria do deputado Júnior Geo (Pros), visando investigar o governador, porém, até o momento, o documento conta com apenas duas assinaturas favoráveis, a do autor e do deputado Elenil da Penha (MDB). Para ser instalada, são necessários no mínimo oito assinaturas.

Na peça processual, Pinheiro se baseia em supostos crimes de responsabilidade que teriam sido praticados por Carlesse enquanto exercia o cargo, entre os quais figuram o não pagamento das aposentadorias e progressões dos servidores mesmo tendo dotação orçamentária, supostas ingerências no plano de saúde dos servidores públicos, que resultaram na ação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e afastamento de Carlesse por 180 dias.