O julgamento de Iury Italu Mendanha, acusado de matar a ex-namorada Patrícia Aline dos Santos foi adiado pela quarta vez nesta segunda-feira (29). Segundo o Tribunal de Justiça, o adiamento será necessário porque o advogado de defesa apresentou atestado médico justificando a impossibilidade de comparecer à sessão do Tribunal do Júri.
O juiz Cledson José Dias Nunes, titular da 1ª Vara Criminal, afirmou que não existe mais data disponível para 2021 e o julgamento deverá ser realizado na primeira temporada de 2022 do Tribunal do Júri da comarca de Palmas.
“Por oportuno, importante ressaltar que o acusado deverá permanecer preso, uma vez que a demora na realização da sessão de julgamento foi motivada, mais uma vez, pela ausência do próprio advogado de defesa”, diz a decisão.
O crime aconteceu em agosto de 2018. O corpo da jovem foi localizado em um terreno baldio perto de um shopping na região norte da capital. A investigação da Polícia Civil apontou que a vítima foi executada por ciúmes.
O réu ficou foragido por alguns dias após o crime e acabou sendo localizado no interior do estado. Quando foi preso, Iury Italu confessou o assassinato e até deu detalhes de como tudo aconteceu.
Outros adiamentos
O Júri Popular chegou a ser marcado para novembro do ano passado, mas acabou sendo adiado devido à pandemia de coronavírus. Meses depois, o processo foi suspenso e a defesa pediu anulação, alegando suposta falta de acesso a trechos do inquérito policial. O pedido não foi aceito pela Justiça.
Neste ano, o julgamento seria realizado em agosto, mas foi remarcado outra vez para o dia 16 de novembro. Só que acabou sendo adiado novamente porque no mesmo dia foi realizada a eleição para presidência da Ordem dos Advogados do Brasil.
Assassinato
O assassinato de Patrícia Aline ganhou notoriedade após a divulgação de mensagens dela a uma amiga falando do medo de ser morta pelo ex-namorado. Iury Italu confessou o crime, tanto em um vídeo divulgado pela Polícia Civil do Tocantins como durante o interrogatório perante o juiz na audiência de instrução.
Um amigo dele que teria ajudado na fuga também chegou a ficar preso, mas não foi a julgamento porque a prisão preventiva durou mais tempo do que a pena máxima possível para o crime pelo qual ele respondia.
Durante o interrogatório na audiência de instrução, Iury Italu disse que não tinha planejado o crime, mas que se descontrolou após Patrícia mostrar uma foto que comprovava uma traição.