As equipes de fiscalização e monitoramento da Secretaria Municipal da Saúde realizaram a entrada forçada, na manhã desta terça-feira, 6, em quatro imóveis da Capital. Os agentes de Endemias da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) localizaram mais de 30 focos do mosquito Aedes Aegypti nos imóveis localizados nas quadras: Arno 21 (203 Norte), ACSU-NO 10 (101 Norte), Arne 14 (110 Norte) e Arso 111 (1103 Sul).

Em uma das residências inspecionada pelos agentes de Endemias, uma casa localizada na quadra Arne 14 (110 Norte), a equipe da UVCZ encontrou vários pneus com água, duas latas de tinta com água, todos com focos do aedes.

De acordo com o agente de Endemias, Eder Castro, em outro imóvel, este na Arno 21 (203 Norte), foram encontrados três focos em recipiente plástico e em um fogão velho.

Já em uma casa na quadra ACSU-NO 10 (101 Norte), o local está com mato alto e os agentes identificaram dois focos do mosquito, em buracos no chão. As larvas foram tratadas no local. E por último, na quadra Arso 111 (1103 Sul), o lote estava com mato alto e um foco foi encontrado em um vaso sanitário abandonado no terreno.

Os agentes recolheram amostras das larvas que serão encaminhadas para análise. “Recebemos os endereços por meio das notificações dos agentes de campo, em seguida fazemos a verificação para sabermos se é casa para venda, aluguel ou ingresso forçado. Neste último caso a gente faz a vistoria nos quintais e caso tenhamos que fazer a eliminação das larvas, já realizamos esse tratamento também”, esclarece Eder Castro.

Legislação

Desde a aprovação da Medida Provisória Nº 712/2016 é permitido o ingresso de agentes de Endemias em imóveis públicos e particulares abandonados ou em locais onde o proprietário não esteja para garantir o acesso, para realização de ações de combate ao zika vírus, à dengue e à febre chikungunya. A ação foi realizada com apoio de um chaveiro, para preservar a integridade dos imóveis.

Doenças

As doenças transmitidas pelo Aedes se tornaram, nos últimos tempos, um grande problema de saúde pública devido ao número de notificações e alto índice de adoecimento da população. No caso da dengue, sua forma mais complicada é a dengue grave (conhecida popularmente como dengue hemorrágica), a chikungunya pode deixar sequelas por toda a vida, e a zika pode trazer complicações neurológicas em casos mais graves.

Conforme destaca o agente Eder Castro, a maneira mais adequada para evitar notificações dessas doenças é a informação da sociedade sobre os perigos que elas podem causar, além da consciência que todos devem fazer sua parte. “Manter lixeiras bem tampadas, não deixar mato alto e nem recipientes que podem se tornar suscetíveis a essas doenças são pequenos cuidados que já fazem uma grande diferença para a saúde de todos.”

Cuidados

Dicas de como manter o ambiente livre do Aedes:

Cuidados dentro das casas e apartamentos

– Tampe os tonéis e caixas d’água;

– Mantenha as calhas sempre limpas;

– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;

– Mantenha lixeiras bem tampadas;

– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;

– Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;

– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;

– Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

Área externa de casas e condomínios

– Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;

– Limpe ralos e canaletas externas;

– Atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;

– Deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas para evitar formação de poças d’água;

– Verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa.