A cada quatro brasileiros que fizeram compras no cartão de crédito, um deles (25%) entrou no rotativo em fevereiro, uma das modalidades de empréstimo mais caras do mercado. A linha é usada por quem atrasa a fatura ou não paga o valor integral por mais de 30 dias.

O dado é de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), antecipada ao G1 Portal Globo

Para usar o rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.

Em fevereiro, a taxa média de juros cobrados no cartão de crédito rotativo era de 286,9% ao ano, só perdendo para o cheque especial.

Segundo o levantamento, 37% dos consultados optaram pelo cartão para fazer algum tipo de compra, a primeira opção de crédito do brasileiro. Assim, o uso do cartão ficou bem à frente do crediário, utilizado por 10% dos consumidores.

Em nota, o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, declarou que as facilidades oferecidas pelo cartão de crédito e o aumento da sua aceitação pelos estabelecimentos comerciais “são as principais razões para a liderança no ranking”.

Já o limite do cheque especial foi citado por 9% dos consumidores, enquanto os empréstimos e financiamentos foram utilizados por 7% e 5%, respectivamente. Ao todo, 44% dos consumidores utilizaram, ao menos, uma dessas opções de crédito ao longo do mês de fevereiro, ante 56% que não usaram nenhuma.

Hábitos de consumo

A pesquisa também mostrou que a maior parte dos consumidores utilizou o cartão de crédito – uma linha de crédito considerada como emergencial – para consumir bens de primeira necessidade e gastos correntes do mês.

As compras de alimentos foram as mais comuns, citadas por 66% dos consultados. Segundo a pesquisa, o valor médio da fatura em fevereiro foi de R$ 897,67.

Veja quais foram os itens mais consumidos com o cartão de crédito:

  • Alimentos (66%)
  • Remédios (46%);
  • Roupas e calçados (36%)
  • Combustíveis (35%)
  • Idas a bares e restaurantes (29%)
  • Serviços de streaming (19%)

No limite do orçamento

A pesquisa da CNDL/SPC mostrou, ainda, que a situação financeira da maior parte dos brasileiros é dramática – 76% deles responderam que têm vivido no limite de seu orçamento.

Destes, quase metade (45%) disseram que se mantêm no “zero a zero”, ou seja, não sobra dinheiro algum no fim do mês para poupar ou investir. Outros 32% afirmaram que estão no vermelho, com dívidas em atraso. Apenas 15% dos consultados estão no azul.

Crédito negado e juros altos

Ao tentar parcelar uma compra, 19% dos entrevistados afirmaram que tiveram o crédito negado em fevereiro. Segundo o levantamento, o principal motivo da recusa foi o nome sujo, para 6% dos que não conseguiram empréstimo.

Além disso, a percepção de que os juros estão altos piorou, mesmo com a taxa básica (Selic) mantida no menor patamar em anos, a 6,5% ao ano – apontando que os impactos da crise sobre a renda das famílias e empregos formais ainda pesa, indicou o SPC.

Quase 40% dos consumidores consultados disseram acreditar que os juros finais cobrados na ponta estão mais altos nos últimos três meses encerrados em fevereiro. Já para 27%, as taxas estão estáveis, ao passo que somente 4% dos consumidores responderam perceber alguma redução.

Fonte: G1 Portal Globo

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