Ambientes excelentes para trabalhar deveriam ser o mínimo exigido pelo colaborador e o mínimo oferecido pelas empresas. Mas são tão raros mundo afora, que aqueles que seguem esta trilha ganham relevância e viram exemplo para os demais.
É no escritório e suas derivações, denominações e nuances que passamos a maior parte da nossa semana, onde aprendemos o que fazer e não fazer e onde criamos diariamente parte importante das nossas futuras lembranças.
Por este motivo, chama a atenção que, em pleno 2019, apenas 60% dos brasileiros das cinco regiões brasileiras entrevistados para a pesquisa Hello Monitor Brasil, da Hello Research, tenham respondido com convicção que “se sentem totalmente respeitados em seus ambientes de trabalho”.
Os outros 40% se dividiram em respostas como “concordo em parte”, “nem discordo nem concordo”, “discordo em parte”, “discordo totalmente” e “não quero responder”.
O recorte de carreiras da pesquisa inédita “Perspectivas do Consumidor 2019” foi um pedido meu ao CEO da Hello, Davi Bertoncello, para os leitores de Época NEGÓCIOS.
E os dados são reveladores:
• 45% dos entrevistados não consideram mudar de área/profissão nos próximos 12 meses
• 47% discordam que o mercado é igual para homens e mulheres
• 32% acreditam que o avanço da tecnologia vai diminuir a oferta de emprego em sua área
• 55% acreditam que, em 5 anos, terão um emprego ou oportunidade melhor do que têm hoje
A pesquisa se aprofundou ainda quanto às visões das pessoas de diferentes gerações a respeito do mercado de trabalho: 30% acreditam que ele é “bom” ou “muito bom” para as pessoas da mesma idade. Jovens adultos têm uma visão mais positiva, enquanto que, idosos, mais negativa.
“O estudo deixa claro que existe uma barreira para os profissionais a partir dos 45 anos: desde maior dificuldade em encontrar emprego, até a expectativa de receber uma promoção ou tentar uma recolocação”, esclarece Bertoncello.
“O grande problema é o fato de a parcela da população mais experiente ficar cada vez mais insegura em relação a sua posição de trabalho, à medida que a idade avança.”
Existe igualmente uma clara divisão entre os que enxergam positivamente ou não o futuro do Brasil: Entusiasmados + Otimistas, ou “positivos”, somam 50%; Preocupados + Revoltados, os “negativos”, somam 44%.
“Os primeiros resultados revelam uma sociedade dividida entre aqueles mais otimistas, que apoiam o novo governo e acreditam na recuperação da economia, e os mais pessimistas, que rejeitam os novos rumos do governo”, assegura Bertoncello.
A boa notícia é que, quando pensam em suas vidas, em especial, 70% dos brasileiros acreditam que 2019 será melhor do que 2018.
A pesquisa Hello Monitor Brasil, primeiro levantamento mensal de opinião pública nacional realizado pela Hello Research, entrevistou pessoalmente em domicílio 1.326 pessoas entre os dias 16 e 23 de janeiro, em 72 municípios das cinco regiões brasileiras.
A amostra probabilística tem margem de erro de ± 3 pontos percentuais.
Fonte: Época Negócios