Se você tem pet, sabe bem do que estamos falando. Apesar de toda festa, presentes e comida gostosa, junto com o final do ano chegam os fogos de artifício que, geralmente, aterrorizam a vida dos nossos peludinhos. Isto porque, segundo Maria Lucia Alves de Araújo, franqueada e adestradora da Cão Cidadão, os cães têm a audição extremamente desenvolvida e são capazes de ouvir o som a uma distância quatro vezes maior do que nós, humanos. “Além disso, eles não sabem o que significa o som dos fogos, que é bem alto e intenso. Então, acabam associando com perigo”, explica.
Por isso, cabe a nós a dessasociação com coisas ruins. O ideal, segundo a adestradora, é treinar e acostumar o bicho de estimação com o som desde filhote, combinando sempre com brincadeiras e comemorações, para que ele entenda que o barulho é sinônimo de coisa boa. Se o cão ou o gato forem maiores e já têm medo, Maria Lucia indica alguns exercícios para dessensibilizar o som. “Utilize áudio que imite fogos de artifício da internet ou TV em uma altura de baixa a média. Ao mesmo tempo que reproduz, ofereça petiscos, brinque de bolinha, distraia o pet e, gradualmente, aumente o som ainda enquanto interage”, ensina. A dica é não esperar que a situação aconteça de verdade para tentar acostumá-lo, invista em treinamentos com antecedência.
Tentar camuflar o barulho pode ajudar, como, por exemplo, colocar algodão nos ouvidos do pet, aumentar a TV ou música no momento da queima dos fogos e também deixar a luz acesa, para que ele possa se locomover melhor. Alguns cachorros, inclusive, costumam se esconder debaixo de móveis – o que é extremamente normal. Maria Lucia aconselha não tentar tirá-los do local que eles consideram seguros e nem criar situações fora do comum. “Colocá-lo em uma caixa de transporte, por exemplo, pode ser uma boa ideia se ele estiver acostumado, porque ele já terá uma relação de confiança com o espaço. Mas, se ele nunca utilizou ou se não fica bem na caixa, deixa-lo lá pode gerar um estresse muito maior”, explica.
Colo
Pegar no colo, apesar de parecer a solução perfeita, nem sempre funciona. Isto porque, o carinho e atenção demasiados podem acabar gerando uma ansiedade e deixá-lo desconfortável. Se o bichinho já tem o costume de ficar apegado ao dono e a situação não fugir do comum, não tem problema.
Local da virada
Se você vai viajar ou passar a virada do ano em outro local que não seja a sua casa, o mais indicado é levar seu pet com você, porque, afinal, ele se sente mais seguro estando perto dos donos. Mas, se por acaso não for possível levá-lo, antes de sair de casa faça algumas seções de treinamento e prepare um espaço tranquilo em casa para que ele fique o mais confortável possível.
Reações mais intensas
Alguns bichos têm tanto medo que acabam tendo reações muito mais intensas, como, por exemplo, babar e ter taquicardia. Nesses casos, o acompanhamento de um profissional é fundamental tanto para entender o caso, como também para medicar se for necessário.
Não prenda
Apesar de parecer intuitivo, segundo Maria Lucia, prender cães e gatos na guia no momento da queima de fogos não é indicado. “Eles podem se enroscar, se machucar de alguma forma ou até mesmo se enforcar tentando escapar”, ressalta.
Técnica de enrolar faixas
Viralizada na internet, a técnica, segundo a adestradora, vai variar de pet para pet. “Alguns realmente se sentem confortáveis, outros podem ficar paralisados e têm os que não se sensibilizam. O ideal é testar antes do evento e entender como seu cão se sente”, explica.
Identificação do pet sempre!
Uma dica muito importante – e não só para a época de festas de fim de ano – é identificar seu cachorro ou gato com uma plaquinha. Nela deve conter o nome dele, o seu e um telefone para contato. “É muito importante porque na hora do susto com o barulho dos fogos, eles podem correr e escapar”, esclarece a adestradora.
Fonte: Casa & Jardim