O Piauí é o estado com maior taxa de subutilização da força de trabalho do país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgado nesta sexta-feira (22) evidenciam que a soma da porcentagem de empregados com a de trabalhadores que cumprem carga horária inferior às 40h semanais é de 41,4%, a maior do Brasil.
“Essa taxa é o somatório das pessoas que não estão trabalhando com as pessoas que trabalham, mas que têm disponibilidade para trabalhar mais e não conseguem outro emprego. E também das pessoas que deixaram de procurar trabalho porque não estavam encontrando”, explicou Eyder Mendes, supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE.
O levantamento aponta ainda que o Piauí é o segundo estado brasileiro com menor número de com menos trabalhadores com carteira assinada, com 52,2%, perdendo apenas para o Pará, que tem 53,6%. “É o segundo pior indicador do Brasil”, afirmou Eyder Mendes.
Com relação à desocupação, o estado é o terceiro com a menor taxa do Nordeste, com 12,3%. “É um dado positivo, mas ainda é muita alta essa taxa. Nos temos o dobro do estado que tem menor taxa de desemprego. Mas em relação ao Nordeste, não está tão ruim”, ressaltou Eyder Mendes.
Menos autônomos
O Piauí é o 4º estado brasileiro com mais trabalhadores autônomos, com 31%. No entanto, em comparação a outros trimestres, essa taxa caiu. “Houve uma redução. Cerca de 11 mil pessoas deixaram de trabalhar por conta própria, talvez porque tenham conseguido uma ocupação no setor privado, com ou sem carteira assinada”, disse Mendes.
O estado é também o segundo com maior índice de trabalhadores sem carteira assinada, com 47,8%. “Esse dado diz respeito ao número de pessoas que trabalha na iniciativa privada sem carteira assinada, que o Piauí tem muito. Fica entra o Maranhão, que tem 49,4%, e o Pará, que tem 46,4%”, pontou o supervisor de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE.
Fonte: G1 Piauí