Lucas Eurilio – Gazeta do Cerrrado

A placa em homenagem à Marielle Franco, instalada na avenida de entrada a Universidade Federal do Tocantins (UFT) foi encontrada dentro de córrego na regão norte de Palmas, nesta terça-feira, 15.

Um estudante que andava pelo local que fica na avenida de acesso para as quadras das Arnos fotografou a placa jogada dentro da água.

Para o estudante, mostra o quanto o ser humano não tem empatia com o próximo.

“Marielle foi assassinada brutalmente. É apenas uma homenagem, porque fazer isso? Além da falta de respeito, é também muita falta de empatia das pessoas”.

Placa em homenagem a Marielle Franco foi encontrada dentro de córrego – Reprodução

A placa foi colocada na entrada da Universidade ainda em 2018 e esta é a segunda vez que a placa é alvo de vândalos.

Em agosto deste ano, a placa foi derrubada e pichada. Na época, o ato causou grande revolta à líderes de movimentos sociais e estudantes da própria UFT.

Placa em homenagem a Marielle Franco foi derrubada e picchada – Divulgação

“Quem risca um nome numa placa, apaga uma pessoa que incomoda”, afirmou uma das líderes feministas do Tocantins.

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados a tiros dentro de um carro, no bairro Estácio, região central do Rio de Janeiro.

Marielle foi atingida por pelo menos quatro tiros na cabeça após um outro veículo emparelhar ao lado do carro em que ela estava em março do ano passado.

Prisões

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram no dia 3 de outubro deste ano, cinco mandados de prisão sobre as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Os mandados foram contra o policial reformado Ronnie Lessa, apontado com um dos participantes do crime.

Os outros alvos foram a mulher de Ronnie, Elaine Lessa, o cunhado dele, Bruno Figueiredo, Márcio Montavano e Josinaldo Freitas. Eles são acusados de obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o grupo teria ocultado armas usadas pelo grupo de Ronnie, entre elas a submetralhadora HK MP5, que teria sido usada para matar Marielle e Anderson.