Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil procura um homem suspeito de aplicar golpes em mulheres com quem se relacionava após conhecer pela internet. As investigações apontam que ele já enganou mais de 100 vítimas por todo o país, sendo uma delas em Anápolis, a 55 km de Goiânia. O homem, identificado como Diego Nogueira Menezes da Nóbrega, tem ao menos três mandados de prisão em aberto.
De acordo com a polícia, o investigado usava documentos e nomes falsos. Após conversar com mulheres pelas redes sociais, eles começavam um relacionamento e marcavam de se encontrar pessoalmente. Em seguida, conforme a investigação, ele se apropriava de algum bem da vítima e desaparecia.
Uma das mulheres enganadas, que prefere não se identificar, saiu de São Paulo, onde mora, para encontrá-lo em Anápolis. Eles se hospedaram em um hotel da cidade. Segundo ela, Diego, que se dizia apaixonado, pediu o carro dela emprestado e nunca mais retornou.
“Ele foi trabalhar com meu veículo. Eu fui para o cabeleireiro com o aplicativo, de carro. Ele ficou de me buscar na parte da tarde. Porém, foi nesse momento que ele desapareceu”, conta.
Ela afirma ainda que tentou por várias vezes, em vão, contatá-lo. Ao retornar para o hotel, percebeu que tinha sido enganada.
“Eu não achei que tinha sido vítima de algum estelionato, de algum golpe. Foi quando eu me dirigi até o hotel que me dei conta [de que tinha caído em um golpe], porque ele tinha tirado todas as coisas do hotel. O quarto estava vazio, não tinha absolutamente nada dele lá mais”, conta.
Por conta disso, ela foi até a delegacia e registrou um boletim pelo crime de furto. Lá, descobriu ainda que Diego usava um nome e identidade falsos – se apresentou a ela como Paulo – e já tinha contra si outras ocorrências.
A mulher soube ainda que Diego conseguiu vender seu carro para outra pessoa. Segundo ela, o suspeito se apresentou como marido dela ao interessado.
“O golpista falou para o rapaz que comprou meu carro que eu era mulher dele e contou uma história triste que precisava de dinheiro. O rapaz que comprou acreditou e pagou o golpista, que ficou de ir no outro dia comigo para ir no cartório”, explica.
Em um áudio antes de fechar o negócio, Diego alegou para o cliente que o carro era seu único bem e que o estaria vendendo após ter perdido sua mãe.
“Eu perdi minha mãe vai fazer oito dias hoje. O dinheirinho que a gente tinha de reserva pagou hospital, pagou funerária. Aí eu usava esse carrinho para fazer Uber também. É a única coisinha que a gente tem de valor. Estou vendendo ele por isso”.
O homem que adquiriu o veículo o entregou alguns dias depois à polícia. Mas, mesmo apresentando os documentos comprovando ser dona do bem, ela teve que abrir um processo na Justiça para tentar reaver o bem.
O homem é investigado há pelo menos três anos e agia em outras regiões, como o Nordeste. Várias mulheres se mobilizaram em grupos de mensagens e redes sociais para compartilhar seus casos e tentar ajudar a polícia a encontrá-lo.
Fonte: G1 Goiás