Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Federal deflagrou a oitava fase da Operação Overclean, cujo objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro no Tocantins.
Entre os principais alvos estão três ex-integrantes do primeiro escalão das Secretarias de Educação (Seduc) e de Parcerias e Investimentos do Estado. São eles:
- Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos do Tocantins;
- Éder Martins Fernandes, ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins;
- Itallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia;
Além deles, Luiz Cláudio Freire de Souza França, advogado e secretário-geral do Podemos, também está na lista de investigados.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Dois ex-servidores foram presos por suspeita de obstrução às investigações: Éder Martins Fernandes e Danilo Pinto da Silva. A Polícia Federal apura que os investigados recebiam ou intermediavam o recebimento de propina oriunda do desvio de recursos provenientes de emendas parlamentares.
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A operação apura desvios milionários em contratos administrativos cujos valores envolvem cerca de R$ 1,4 bilhão. Os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
A investigação conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB), que oferecem suporte nas diligências e análises financeiras.
Posicionamento da Seduc
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Tocantins (Seduc) informou que Éder Martins Fernandes não ocupa mais o cargo de secretário-executivo desde setembro deste ano, e que Itallo Moreira de Almeida saiu da pasta em setembro de 2024.
A Seduc ressaltou que cumpre integralmente todas as determinações judiciais relacionadas à operação e que suspendeu contratos e repasses financeiros com empresas envolvidas na investigação, conforme decisão judicial emitida pela 2ª Vara Especializada Criminal da Seção Judiciária do Estado da Bahia.
Histórico
Esta é a oitava fase desde que a Operação Overclean foi iniciada, em dezembro de 2024. Na primeira etapa, Claudinei Aparecido Quaresemin teve prisão preventiva decretada, mas foi posteriormente solto por decisão do Tribunal Regional Federal.
