
A Polícia Federal investiga um esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Angico, no norte do Tocantins. Segundo as apurações, o grupo usava saques em espécie e pagamentos via boletos para terceiros a fim de ocultar a movimentação do dinheiro.
A operação, batizada de Domus Magna, foi deflagrada nesta quinta-feira (28) e tem como alvos uma servidora do município e familiares dela. Eles seriam responsáveis por empresas de construção civil e de saúde que venceram licitações e causaram prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões.
De acordo com a PF, as empresas ligadas à família da servidora prestaram serviços de forma irregular. O esquema funcionava com saques diretos em dinheiro e pagamentos fracionados em nome de “laranjas”, repassados depois aos investigados, inclusive por meio de casas lotéricas.
A Justiça Federal autorizou buscas e apreensões em 17 endereços de pessoas físicas e quatro empresas, além da quebra de sigilo bancário. Os mandados foram cumpridos em Angico, Tocantinópolis, Araguaína e Ananás.
Os investigados poderão responder por fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem chegar a 12 anos de prisão.