
A Justiça do Tocantins decidiu manter a prisão preventiva de Rejane Mendes da Silva, acusada de participação no homicídio do empresário José Paulo Couto, de 71 anos, ocorrido em Araguaína, norte do Estado. A decisão, proferida pela 1ª Vara Criminal de Araguaína, ocorreu após a reavaliação obrigatória prevista no artigo 316 do Código de Processo Penal, que determina a revisão das prisões preventivas a cada 90 dias.
De acordo com o juiz responsável pelo caso, persistem os motivos que justificaram a medida cautelar, entre eles a gravidade do crime, os indícios robustos de autoria e o risco à ordem pública. O magistrado destacou que a vítima foi morta mediante tortura, asfixia e uso de meio cruel, além de ter seus pertences subtraídos. O corpo foi encontrado ocultado sob uma ponte.
A decisão judicial também menciona que as provas reunidas pela investigação incluindo imagens de câmeras de segurança, laudos periciais, depoimentos e confissões reforçam a autoria do crime. O juiz observou ainda que Rejane é investigada em outro inquérito por crimes contra idosos, o que indica risco de reincidência.
Com isso, a prisão preventiva segue válida enquanto o processo tramita no Tribunal de Justiça do Tocantins.
O caso
O empresário José Paulo Couto foi dado como desaparecido em 9 de julho de 2025. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado enrolado em panos e jogado sob uma ponte na Avenida Frimar, em Araguaína. O Corpo de Bombeiros realizou a remoção.
Segundo a Polícia Civil, a autora confessa, Rejane Mendes da Silva, admitiu ter um relacionamento extraconjugal com a vítima e disse que o crime ocorreu após uma discussão motivada pela decisão de José Paulo em interromper os pagamentos que fazia a ela e encerrar o relacionamento.
Em depoimento, Rejane contou que imobilizou o empresário e, em seguida, usou uma faca para matá-lo. O laudo pericial apontou asfixia por estrangulamento como causa da morte, além de lesões compatíveis com tortura, incluindo fratura no punho e cortes no pescoço.
Após o homicídio, Rejane teria chamado a irmã, Lindiana Mendes da Silva, de 43 anos, para ajudá-la a se desfazer do corpo. O Ministério Público denunciou Lindiana por ocultação de cadáver, enquanto Rejane responde por homicídio qualificado.